terça-feira, 27 de novembro de 2012

Orçamento da Desilusão e da Austeridade

Desilusão por não ter havido nenhuma proposta de fundo de possível alteração do OE 2013, nem do Governo, nem da maioria, nem de nenhum dos partidos da oposição (a da BE é tão impossível como a do governo).
É um orçamento demasiado recessivo, que aumenta a carga fiscal para lá do razoável, prejudica qualquer hipótese de recuperação da economia, e que pode no limite provocar uma espiral recessiva imparável da economia portuguesa.
Esperemos que os cenários mais pessimistas não se confirmem.

Ao impor-se tanta austeridade, o resultado paradoxal da diminuição do PIB, será que o objectivo que Vitor Gaspar segue com tanta vontade, de diminuição do deficit, será totalmente falhado.
Devíamos ter um orçamento em linha com o de 2012, mas com medidas agressivas de redução da despesa, eventualmente com um aumento da carga fiscal bem mais moderado, e com medidas de apoio às empresas exportadoras, para tornar as exportações ainda mais o motor da economia.
Ao nível do combate ao desemprego, devíamos seguir o modelo (finalmente na moda) do apoio ao micro-empreendedorismo, com formação nas áreas estratégicas para o país, e usufruto dos subsídios de desemprego com um prémio, para a realização do capital social dessas micro-empresas.

Se essa tivesse sido a opção de Vitor Gaspar, não estaríamos tão preocupados com o futuro e os cenário macro não seriam tão incertos e assustadores.

A versão que foi hoje aprovada na Assembleia da República, é um tiro no escuro, sem que se consiga saber bem o resultado final.

Pode bem ser a bomba atómica com que alguns apelidaram este orçamento... esperemos que não!

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