domingo, 29 de setembro de 2013

O Porto e a Independência Política em Portugal

Hoje o PORTO mostrou que é diferente!

A cidade que tem cognome de invicta, muy nobre e sempre leal, é-o porque sempre foi assim, livre, independente, com capacidade para decidir por si própria o seu futuro e sem se deixar levar por outras ideias mais de grupo ou de moda, impostas de fora. Foi assim em 2001 e agora em 2013. Foi assim ao longo de séculos, antes disso.

Eu sinto-o bem na pele, pois coerentemente com a minha defesa da Adesão aos Partidos, tive de aceitar que o candidato do meu partido fosse um candidato que tinha um perfil diferente do que eu desejava. Porque se defendo a democracia, tenho que aceitar que umas vezes perdemos outras ganhamos. Mas é fácil falar depois de saber os resultados... mais à frente direi algo sobre isto.

Independentemente de outras leituras que se farão nos próximos dias, fica claro que Rui Moreira como independente consegui uma grande votação: Parabéns!
Houve mais independentes noutras autarquias que conseguiram ganhar, estão eles também de parabéns. E no entanto gostava que se tirasse proveito disto a nível nacional, e que os portugueses de uma vez por todas percebessem que temos de mudar o sistema político português, para podermos ter mais independentes na nossa vida política, com naturalidade a surgirem mesmo para outras funções. 
É que estas votações só são possíveis porque as eleições para Presidente de Câmara são uninominais e não em lista partidária. Enquanto não conseguirmos mudar isso a nível nacional, nada há a fazer. Enquanto a escolha dos candidatos a cargos políticos não seja feita em eleições primárias, continuaremos a ter pessoas colocadas lá, pelos tachos, pelas amizades, pelas conveniências.

Só que uma mudança dessas obriga a que os principais partidos do arco do poder aceitem mudar isso, e eu só acredito que eles "largam" um pouco do poder que têm, se muitos dos portugueses independentes de cargos e tachos partidários, se filiarem nos partidos, para obrigarem os ditos a mudar as coisas pela força dos votos.
Ideias que temos vindo a defender e que cada vez mais temos de defender, como estas que um conjunto de pessoas que acreditam na Adesão em massa aos partidos políticos, apresentamos num passado recente:


Mas só com centenas ou mesmo milhares de portugueses a invadirem os partidos, haverá uma "onda de mudança" que permitirá aos portugueses reganhar o direito de serem independentes, de votarem independentes e naqueles em que mais acreditam.
Rui Moreira podia ter sido o candidato do PSD no Porto, e não foi porque a concelhia em plenário decidiu com a votação dos militantes presentes, que o candidato teria que ter um perfil como o de Luís Filipe Menezes e não como o de Rui Moreira. Não houve eleições primárias para escolher o candidato. Se houvesse eleições primárias talvez o candidato escolhido tivesse sido o segundo. Hoje viu-se que se o perfil escolhido fosse o segundo, provavelmente este teria ganho com maioria absoluta as eleições à Câmara do Porto. Isso só poderia ter acontecido se mais militantes pensassem de outra forma no actual sistema político. É também uma lição aos actuais militantes.

São lições destas que os partidos tem de tirar em noites como a de hoje, mas é sobretudo uma lição do poder que os portugueses têm, se tiverem vontade de mudar as coisas.

Centenas ou mesmo milhares de pessoas que conheço do Porto, associaram-se à candidatura independente de Rui Moreira à CM Porto. Muitos milhares os seguiram e votaram massivamente nas suas ideias e no seu projecto. Já em tempos Rui Marques criou o MEP - Movimento Esperança Portugal, que contou também com o apoio de milhares e votações de mais de 50 mil portugueses.
Falta por isso que os portugueses, sobretudo os mais informados, com acesso a mais e melhor informação, aqueles que hoje apoiam candidaturas como as de Rui Moreira, tenham uma percepção clara de que para mudar o sistema político português, vai ter de ser por dentro. Para que mais independentes apareçam temos de conseguir mudar o sistema político e para isso temos de ter mais militantes independentes dentro dos partidos. Esse deve ser um desígnio de todos estes portugueses, com o objectivo claro de mudar o sistema político português. 
Aproveitemos o momento e como dizia Saul Bellow, "Seize the Day"!


PS: Aos que (como eu) hoje perderam, Parabéns por irem à luta. Parabéns ao Luís Filipe Menezes. Parabéns ao Ricardo Almeida. Parabéns a tantos outros que deram a cara pelos projectos em que acreditaram, mas que viram os seus projectos serem derrotados pelo voto dos seus concidadãos. É que sem os derrotados a democracia não existia! A nossa democracia deu hoje um sinal claro, que pode estar a chegar a uma maior maturidade. Deixo também uma crítica aos que não votaram. Foram 4.337.379 de eleitores que não votaram de um total de 9.159.967 inscritos, quase 50% dos eleitores. A democracia ressente-se da vossa falta. Quantos mais participarem, melhor para Portugal, melhor para os portugueses. Por último parabéns a todos os que foram votar, pois foi o vosso voto que decidiu o futuro autárquico de Portugal, para os próximos 4 anos. Viva a Democracia! ;-)

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

A...normalidade de Crato

Crato diz que ano lectivo arranca com normalidade.
Conclui-se que Crato não sabe o significado da palavra normal, ou acredita que os portugueses são a... normais.
Mas vamos-lhe explicar o que é normal.
Num país normal o que se está a passar com o concurso de colocação dos professores contratados, era razão suficiente para o Ministro da Educação se demitir.
Mas isso era num país normal.
Em Portugal, país do TGV sem dinheiro, do BPN dos amigos, das PPPs com rendas absurdas, dos Submarinos com pagamentos duvidosos, dos Outlets em Reservas Ecológicas Nacionais, …se calhar poder-se-ia considerar isto normal, mas de facto não é.
Ter milhares de professores, centenas de milhares de alunos e encarregados de educação, por isso milhares de famílias, penduradas por não saberem quem vão ser os professores escolhidos para ocupar as poucas vagas que ainda não foram preenchidas, não é normal!
Ter um ministro que quando lhe perguntam quando vão ser colocados os professores que faltam, responde com um sorriso, que se depreende pela expressão fácil, era de gozo, bonacheirão (veio mais gorduchinho das férias), a dizer que dentro de dias, sem especificar quando, mostra bem a irresponsabilidade deste senhor e a leviandade com que encara um dos cargos mais importantes da nação: Ministro da Educação!
A educação é primordial para o nosso futuro colectivo como nação. Ter um ministro que responde assim "a gozar" sem denotar um mínimo de preocupação pelos alunos, encarregados e professores, mostra bem a falta de respeito que existe dos titulares de cargos públicos da mais alta responsabilidade, para com o desempenho das suas funções.
O mais preocupante, é que dentro de 20 ou 30 anos, um produto desta escola que este senhor está a "estruturar", que se poderá chamar Crato também, poderá ser Ministro da Educação, mas estará tão mal ou provavelmente pior preparado para o ser, que o actual Ministro.
E não há ninguém que lhe diga isso?
Nem o Sr. Primeiro Ministro... ou também está a dar "passos de Coelho"?   
Isso sim seria normal, levar um "puxão de orelhas" do chefe... até porque a imagem do Governo nisto tudo, sai muito mal tratada...

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Professores Contratados com Governos PSD no Estado Português

Declaração de interesses:
1 - Sou militante PSD.
2 - Sou casado com uma Professora Contratada há 14 anos!
3 - Fui emigrante e vivi no Reino Unido e em Espanha.

Esclarecido isto... digo:
A situação dos Professores Contratados em Governos PSD e no Estado Português é uma vergonha! 
Já no Governo de Durão Barroso a colocação dos Professores Contratados, falhou redondamente porque o Min. Educação contratou uma empresa de software com fortes ligações ao PSD.
Este ano qual é a desculpa?
Uma vergonha, repito! 
Pelas minhas contas (feitas por baixo) há mais de meio milhão de portugueses dependentes desta situação, entre Professores, Encarregados de Educação, Alunos, Familiares, etc... com a ansiedade que é gerada por esta altura, em mais de 5% da população.
Em Inglaterra, onde vivi algum tempo, os Professores sabiam quase um ano antes onde iam ser colocados.
Aqui sabem no dia útil anterior a terem de se apresentar na Escola.
O stress para os alunos é inacreditável que não sabem se vão ter o mesmo professor do ano passado, ou vão ter outro.
A minha mulher tem recebido inúmeras mensagens dos pais dos alunos a quem deu aulas o ano passado, a saberem se ela sempre fica novamente com a turma.
A verdade é que é 99% impossível, mas ela não lhes quer dizer isso, e então vai dizendo que ainda não saíram as colocações.
Quando se souber que ela não lhes vai dar aulas, imagino a tristeza e os problemas que isso vai trazer.
A dificuldade que o novo Professor irá ter para conseguir voltar a motivar os alunos, que adoraram a Professora do ano passado.
Chegou ao ponto de fazerem uma carta ao Agrupamento de Escolas e ao Ministério a pedir para a Professora ficar...
Esta é a realidade triste de milhares de alunos, pais e professores, que este ano mais uma vez vão ficar desempregados, colocados longe de sua casa, preocupados em saber quem vai ser o novo professor, inadaptados aos novos métodos de ensino do novo professor.
Não era Nuno Crato o grande defensor da melhoria dos métodos pedagógicos de ensino? 
Era isto que estava a pensar?
Não entendo onde encaixa isto na grande estratégia das coisas...
E que dizer deste estado, que promove legislação para evitar a precaridade do emprego, promovendo a entrada nos quadros após 3 contratos a prazo em qualquer empresa que contrate alguém por mais que três contratos sucessivos, e que procura garantir uma indemnização justa, quando o empregador tem de mandar alguém para o desemprego, e no entanto permite que no seu seio, mantenha em situação de professores com contratos a prazo por mais que 3, 4, 5, 10, 15, 20, 25 ou mais, sem promover a entrada nos quadros?!?!
IMORAL! VERGONHOSO! INACREDITÁVEL!
Não se pode aceitar esta situação no Século XXI!
Mesmo alguém como eu, que tenho uma visão liberal da economia, se bem com um preocupação social importante, não posso em seriedade aceitar que esta situação se mantenha.
Há já uma Directiva da União Europeia - Directiva 1999/70 - e uma Recomendação do Provedor de Justiça, e várias notícias sobre o assunto, e mesmo assim o Ministério continua a abusar da situação.
Alguém tem de por termo a isto de vez!
Num Estado que se diz de Direito, esta situação não pode continuar.
Espero sinceramente que seja rapidamente corrigida esta situação e que estes Professores, não tenham mais que viver tantos anos, debaixo de um manto de ilegalidade imoral, promovida por quem tem obrigação máxima de dar o exemplo.
Aguarda-se...

sábado, 7 de setembro de 2013

Menezes, Moreira e Cidadania na Democracia!


“Se Menezes vencer, o Porto estará condenado à ingovernabilidade” diz uma pessoa que muito me habituei a admirar: Rui Moreira.
Eu até vejo o porquê de dizer isto, atendendo ao passado de Luís Filipe Menezes em Gaia (que para mim tem muito de mau, embora na minha opinião tenha muito mais de bom).
Mas tenho umas perguntas que gostava de ver respondidas pelo candidato Rui Moreira: se Luís Filipe Menezes começar a fazer "asneiras", eu dentro do PSD, tenho forma de o combater. Se o Rui Moreira fizer o mesmo, como o posso combater a si dentro do sistema político democrático em que vivemos? Não me diga na Assembleia Municipal, que eu não sou candidato a lugar nenhum nestas eleições, e por isso não terei assento na mesma.
E se eu tenho lutado estes anos todos para mudar a democracia em Portugal, pedindo aos cidadãos que se juntem ao "Adere, Vota e Intervém dentro de um Partido. Cidadania para a Mudança." em que medida é que as candidaturas independentes como a sua, podem contribuir para a mudança que se pretende? Tem de me ajudar, pois não estou a ver como.
Muito admiro a coragem que teve de se candidatar, mas ao ser "independente", afastou-se do eixo principal da democracia. O Rui não foi à luta dentro do sistema democrático. Fez um atalho, e candidatou-se directamente. Só posso ver isso como positivo, na minha visão da "demos cracia" como ela tem de ser, representativa, se o seu movimento independente der lugar a um partido, onde naturalmente muitos de nós caberíamos, pois só agregando as pessoas numa "demos" podemos efectivamente escrutinar a actuação política de quem representa este grupo de pessoas. Senão, não passa de ser um independente (como Manuel Alegre e outros que tais), e nunca congregará os esforços daqueles (que são muitos) que pensam como o Rui.
E por último, o título da sua entrevista ao ser o que está na primeira linha deste pequeno texto que lhe escrevo, diz-me que falou mais do seu principal adversário (porque provavelmente acha que ele é o mais bem colocado para ganhar, como dizem as sondagens), do que das suas ideias para o Porto. Eu conheço-o bem, e sei que tem boas ideias, e com certeza terá boas propostas para a cidade. Mas a mensagem que tem passado é a de um ataque pessoal cerrado ao Luís Filipe Menezes. Nada de ideias para o Porto sai na comunicação social. Esta semana os membros directos e indirectos da sua campanha, pareciam cães raivosos a atacá-lo. Não me parece uma grande estratégia. Mas quem sou eu, com certeza terá grandes experts a apoiá-lo na elaboração do conteúdo da sua campanha. Penso que Luís Filipe Menezes nesse aspecto tem feito uma campanha mais positiva, apresentando ideias para o Porto constantemente e em catadupa, o que para ele também pode estar a ser contraproducente em algumas áreas de eleitorado mais escrutinador
Independentemente disso desejo-lhe boa sorte, e se ganhar que continue a fazer o seu trabalho com as qualidades que sempre lhe reconheci, tenho pena é que mais uma vez os cidadãos do Porto, se mantenham à parte do sistema político constitucionalmente consagrado, para promover as mudanças que precisamos.
Mas isso é outra conversa, e estou certo que com o tempo lá chegaremos.
Só para terminar dizer-lhe que tenho pena de não poder votar em sí, mas como saiu fora do sistema político, saiu fora do modelo democrático em que eu desempenho a minha cidadania activa. Não o critico por isso, e compreendo bem porque o fez, mas se eu defendo uma coisa, não posso ser incoerente com o que defendo. Defendi a seu tempo, que gostava de o ver a si como candidato do PSD. Na altura não fui apoiado por nenhum dos que hoje, dentro do PSD, se colaram à sua candidatura. Tenho pena, talvez as coisas fossem diferentes hoje, e o PSD do Porto estaria hoje em condições de estar a disputar a maioria absoluta. Assim ficamos com uma disputa dividida, e em que as posições estremadas que temos ouvido, mostram que muita gente dentro do PSD acordou tarde, e possivelmente tem menos capacidade do que pensavam, para levar de vencida pela força das ideias e das pessoas, uma candidatura dentro do PSD.
Eu por isso, apoio Luís Filipe Menezes, e não me revejo no ataque baixo que tem vindo desses membros do PSD que o acompanham e que mais parecem estar "ressabiados", por saberem que vão ser afastados dos lugares que até agora ocupavam, e que vão ter de procurar "pouso" por outras andanças.
Meu caro Rui, não se admire que logo após as eleições comece a receber candidaturas para alguma das suas empresas ou à associação a que preside, de algumas dessas pessoas, que vão ficar "desocupadas".
Receba um abraço, Carlos Macedo e Cunha.



sexta-feira, 6 de setembro de 2013

As reformas dos 3 ex-Presidentes da REPÚBLICA!

São "FIGURÕES" como alguns destes, que nos conduziram à triste situação que estamos a viver e que ainda por cima se continuam a apresentar como "GRANDES DEMOCRATAS".


A pergunta que se põe perante estes dados é: Porquê a diferença ? Não se consegue entender porquê o ÚNICO Presidente da República Eleito, DECENTE, que este desgraçado Portugal teve desde 1974, ganha quase 10 vezes menos que os outros que, se também fossem Decentes, não aceitariam esta incompreensível discrepância.

Quanto custa aos PORTUGUESES a reforma de 3 ex-Presidentes da REPÚBLICA?

Os ex-Presidentes da República ( General Ramalho Eanes), D. Mário e D. Sampaio recebem de reformas 1 MILHÃO de EUROS/Ano, distribuídos da seguinte forma:

    General Ramalho Eanes................... €  65.000/Ano
    D. Mário "El Sacador" ...................... €  500.000/Ano (fora a Fundação !!!)
    D. Jorge Sampaio“El Oportunista”... € 435.000/ano  (fora cargos da ONU e Fundação em Guimarães)

Se o general pode viver com €65.000/ano, estes civis que se dizem socialistas e democratas, também.

Também lhes vão cortar nas reformas?????
Também lhes vão aumentar os descontos???
Vão devolver os subsídios de férias e natal que receberam e os rascas dos portugueses não????

Onde está a Democracia e a igualdade????

Há que denunciar isto!!!

PS: Origem de email a circular na internet.