segunda-feira, 24 de outubro de 2016

Portugal vs Espanha

"O trabalhador espanhol ganha mais do que o português, tem uma carga fiscal média mais baixa e paga menos contribuições para a Segurança Social. Resultado: os espanhóis ficam, em média, com mais 580,44€ do que um português para se governarem durante o mês – e ainda gastam menos dinheiro a adquirir os produtos essenciais para viver. Não admira que a sua Economia seja mais pujante do que a portuguesa e que os espanhóis tenham um melhor nível de vida líquido do que o nosso." by António Domingos.

terça-feira, 18 de outubro de 2016

Justiça Social de Esquerda versão Geringonça Estação 2016/2017


Factos da Justiça Social de Esquerda versão Geringonça Estação 2016/2017:
- Pensão de 7500€ aumenta 238€;
- Pensão de 238€ aumenta 1€;
- Aumentam 11 impostos;
- Há aumentos no IRS;
- A sobretaxa não é eliminada para já, vai sendo eliminada ao longo de 2017;
- A inflação prevista para 2017 é de 1,5%;
- A actualização dos escalões do IRS é de 0,8%. Portanto, para quem conseguir aumentos de salários em linha com a inflação, terá mais salário exposto aos "escalões de cima". Quem não tiver aumentos... tem perda de poder de compra. Isto é válido para as pensões e para todos os rendimentos;
- O Governo não apresenta nenhuma estimativa da receita fiscal, por imposto, para este ano. Não há memória de isto alguma vez ter acontecido;
- O salário do novo presidente da CGD é de 423 mil euros por ano, ou seja mais de €30 mil por mês (quase o dobro do anterior Presidente) e vai acumular ordenado com reforma; o valor das remunerações pode ainda vir a ser mais alto, pela existência de prémios pelo desempenho, que podem ir até metade da remuneração fixa; o Presidente da CGD pode assim chegar a ganhar 634 mil euros por ano!

domingo, 25 de setembro de 2016

Queremos que quem tem mais capacidade contribua mais.


Por estes dias ouve-se na discussão das medidas mais controversas para o Orçamento de Estado para 2017, uma frase lapidar: "Queremos que quem tem mais capacidade contribua mais".
Mas quem tem mais capacidade não é quem já contribui mais?
Os escalões do IRS não afectam já de sobremaneira os rendimentos de quem ganha mais? Quem ganha mais, já paga muito mais IRS. Quem ganha mais, compra mais, gasta mais, por isso também paga mais IVA. Quem ganha mais, compra uns carros melhores e uns apartamentos mais caros, por isso paga mais IA, mais Imposto de Selo, mais IMI e mais IVA também aqui.
Até que ponto é razoável pedirmos a quem mais ganha e mais tem, que contribua ainda mais para o Orçamento do Estado?
Ao ponto de se atacar a poupança?
Só quem for preguiçoso (ou incapaz, e nesse caso tem razão para isso), é que pode esperar que sejam os outros, através da colecta de impostos do estado, a pagar por o próprio fazer pouco ou não fazer nada. Daí ser fundamental que a função redistributiva do Estado seja justa e equilibrada.
O trabalho deve ser recompensado.
A poupança deve ser preservada.
Quem trabalhou e poupou, deve ver as suas poupanças protegidas.
Não interessa se tem muita ou pouca poupança, mas as pessoas já começam a dizer que está na hora de comprar um cofre e tirar o dinheiro dos bancos.
Isto não é normal, num país que diz ser de direito, e que diz preservar a propriedade privada.
O desvio à esquerda deste Governo, por não ser um fenómeno revolucionário visível, não deixa de ser preocupante.
No passado quando houve tentativas absolutistas ou revolucionárias a tentar subverter a democracia em que vivemos, a população revoltou-se e os militares apoiaram essa revolta.
Hoje há outro tipo de revolta em preparação. Como li há mais de uma década, e recentemente de novo, em artigos de comunicação social escrita, chamou-se a atenção para o crescimento do "Partido dos Portugueses que vivem do Orçamento de Estado", em que se reforçava a ideia do estado continuar a ir cada vez mais ao bolso dos que produzem, para dar aos que vivem do estado, e que um dia os primeiros vão-se cansar ou vão-se embora, e todos estarão na posição dos segundos, à espera que o estado lhes dê o que conseguir ir buscar aos primeiros. Mas como não há primeiros...
Caminhamos calmamente para a destruição do Estado Social, que caracteriza as sociedades democráticas europeias, e não por algum governo radical de direita, querer acabar com ele, mas sim porque os governos de esquerda que temos tido, continuarem a querer engordá-lo, a um ponto em que ele não é sustentável por sí, não é sustentável porque não há quem mais contribua para ele, e não é sustentável porque não há quem empreste ao Estado, por não acreditarem que ele alguma vez consiga devolver aquilo que pede emprestado.
Estamos no chamado "nó górdio". E ou somos capazes de o desatar, preservando as funções essências do Estado, nomeadamente a função redistributiva equitativa, ou então calmamente caminhamos para a sua implosão.
Algumas das causas sociais que tanto defendemos no nosso modelo social europeu, como o direito às pensões, o direito ao subsídio de desemprego, os salários da função pública, tudo isto e muito mais, estará em causa (de novo) se levarmos o estado à falência.
Temos de o evitar a todo o custo.
E não é defendendo bandeiras e ideologias bacocas, que o vamos conseguir. O Socialismo, a Social-Democracia, o Comunismo, não têm respostas para os problemas de hoje. Temos de conseguir encontrar caminhos no meio das ideologias, sobretudo virado para tornar o Estado mais eficiente, mais justo, mais equitativo e capaz de responder aos anseios dos contribuintes que com ele assinam um contrato de cidadania.
Por isso agora chamo a atenção ao que de mal este governo tem feito, da mesma forma como chamei a atenção a tudo o que de mal o governo anterior fez.
E não estou sequer a comparar quem fez pior. Abstenho-me de comparações, pois são sempre relativas e tem mais que ver com os olhos de quem olha para ambas. Vejo é o que de mal se está a fazer ao país, e temo que por este andar as consequências ainda sejam piores que em 2011.
Esperemos que não...

terça-feira, 20 de setembro de 2016

Quem paga impostos em Portugal?

A demagogia de certos agentes políticos da esquerda radical tem, mais uma vez, insistido em que " os mais ricos e as maiores empresas não pagam impostos em Portugal" . Partem mesmo dessa afirmação para justificar a introdução de um novo imposto sobre o património ( imobiliário para já e mobiliário para depois ). Convém esclarecer que esse património foi acumulado através de rendimentos passados não consumidos ( poupança / reservas) que foram investidos em bens imóveis ou em valores mobiliários.
Acontece que os rendimentos das famílias e das empresas só passam à categoria de poupanças (ou reservas) depois de pagarem impostos sobre esses rendimentos . IRS nas pessoas singulares ( famílias ) ; IRC nas pessoas colectivas ( empresas).
E essa tributação , IRS e IRS , chamada de tributação directa, constitui , a par com as contribuições para a segurança social , mais de 53% das receitas das Administrações Publicas ( vulgo, Estado ) em Portugal.
É um facto indesmentível ( os numeros são da DGO) que no caso do IRS e do IRC se verifica uma grande concentração de colecta nos escalões de mais alto rendimento :
- 0,6% das famílias ( 27 605 num total de 4.624.902) pagam mais de 21% da receita total do IRS , pagando,em média, 80 000 € / ano;
- 2,1% das empresas ( 6 242 num total de 296.664) pagam 67,7% da receita total de IRC,pagando em média 323.924 €/ ano.
Como se vê, é pura MENTIRA a afirmação de que as famílias mais ricas e as maiores empresas "não pagam impostos". Pagam e pagam bem, talvez demais, pois parte desses impostos poderiam ser transformados em investimento,crescimento económico e emprego em vez de serem objecto de enorme desperdício na maquina do Estado e na sua burocracia.

segunda-feira, 29 de agosto de 2016

BE & PCP em relação ao Governo PS: Calados como "Carneiros"!

A revista Sábado fez um apanhado de como o BE e o PCP falavam mal de tudo o que era do anterior Governo.
Agora que as coisas estão iguais ou mesmo piores, estão caladinhos... ninguém os ouve!
Gente séria, é outra coisa...


sexta-feira, 22 de julho de 2016

Interesses querem rebentar com a Banca Portuguesa?

Rebentar com a banca? Sim!
Depois do BES e do BANIF, agora o Novo Banco!
E a CGD?
O Novo Banco se não for vendido agora, Centeno já disse que em Agosto de 2017, entra em "liquidação ordeira".
Centeno está à espera que os depositantes comecem a retirar depósitos do Novo Banco e os créditos e negócios sejam transferidos para outros bancos?
Na verdade, quem faz um negócio sabendo que o parceiro tem data marcada para morrer?

Uma vergonha de ministro.
Há outra possibilidade.
Centeno procurou desvalorizar o banco para o vender a saldo.
Mas isso vai custar milhares de milhões aos bancos, no Fundo de Resolução.
Não se entende.

Foi o mesmo que com o BANIF: desvalorizar brutalmente o Banco para o vender por tostões.
No BANIF fizeram tudo bem, excepto o principal: já se sabia que havia alguma desvalorização dos activos do banco, mas passar de 20% para 80% é inadmissível, sobretudo sabendo que o banco estava intervencionado (e tinha um administrador ex-ministro socialista).

Atrevo-me a avançar outra possibilidade: Alguém saberá o que anda a fazer, mas o Centeno não é, seguramente, essa pessoa...


* - Apanhados por aí na net...

quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

A escassez de poupança e dependência externa - ‘Olhos nos Olhos’ da TVI24

"Nova euforia de incremento no consumo é contraproducente"

“Dentro de três a cinco anos não vamos ter um único banco português”, acredita Vítor Bento, frisando que o Estado português “não pode continuar a ser um consumidor de recursos”.

Vítor Bento esteve esta noite com Medina Carreira no programa ‘Olhos nos Olhos’ da TVI24 para falar da escassez de poupança e dependência externa.


Devia ser obrigatório todos os portugueses verem este programa! Cada minuto do programa vale ouro. Para se perceber porque vamos ter a Troika, de novo em Portugal, daqui a pouco tempo.

Certo de que “não temos poupança suficiente para as necessidades” e que “fomos perdendo posições em empresas importantes”, tornando-nos mesmo “uma espécie de economia colonial”, Medina Carreira deu mote à conversa.

Para Vítor Bento, um dos problemas mais crassos da nossa economia é a “acumulação de défices externos” que se tem vido a registar desde o início da década de 90. “O país gastou mais do que tinha, o que se traduz na perda de poupança nacional”.

Analisando dados recentes, o economista explicou que, do stock de capital produzido no país, “metade não é nosso”. Daí conclui-se que “precisamos de aumentar poupança para ganharmos o nosso próprio controlo”.

“As famílias têm de se habituar a poupar mais, até para se precaver para o futuro dada a situação da Segurança Social”, garantiu Vítor Bento, que considera que “o mesmo se aplica às empresas e ao Estado”. “O Estado não pode continuar a ser um consumidor de recursos, senão as famílias tem de poupar ainda mais”, explicou.

Posto isto, o antigo presidente do Novo Banco acredita que “a nova euforia de incremento no consumo é contraproducente e vai contribuir para o aumento da nossa dependência externa, que faz de nós uma economia subsidiária”.

O economista olha, a título exemplificativo, para a privatização de empresas estatais. Ainda que assumindo que “cada caso individual seja perfeitamente justificável”, não deixa de notar que “o conjunto das empresas mais emblemáticas portuguesas são ou estão em vias de ficar estrangeiras”.

No espaço de comentário de Medina Carreira, o convidado desta semana recordou as suas próprias afirmações que davam conta de que “dentro de três a cinco anos não vamos ter um único banco português”. E hoje reiterou: “Provavelmente será mais cedo do que isso. É a consequência inevitável disto tudo”.

“Ter bancos estrangeiros não tem problema nenhum. Mas eu não conheço nenhuma sociedade desenvolvida em que todo o sistema bancário seja estrangeiro. Isso cria uma vulnerabilidade. Atrás dos bancos virão as empresas”, explicou.