domingo, 28 de outubro de 2012

Vítor Gaspar e as previsoes!!!


A queda de Vítor Gaspar para falhar nas previsões não é de agora.
O amigo Jorge Braga de Macedo que o diga.
Quando era ministro das Finanças (cargo que exerceu entre finais de 1991 e meados de 1993) confiou nas contas de Gaspar, então no Gabinete de Estudos do Banco de Portugal, que previam o crescimento do PIB em um por cento.
Erro fatal.
O Produto Interno Bruto, em vez de crescer, caiu perto de três por cento.
O chefe do Governo, Cavaco Silva, substituiu Braga de Macedo por Miguel Beleza.
Vítor Gaspar, a avaliar pela carreira, manteve intocável o seu prestígio técnico e académico.

Interessante a história de Gaspar...

( Zé Abranches )

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Penalização por não participar



Há muita gente dentro e fora dos partidos que defende mudanças profundas do sistema político. 
Dentro dos partidos se calhar são ainda a minoria, não são dirigentes com poder, nem têm poder mediático.
Mas lutam dentro dos partidos pela mudança.
Conseguirão mais força quando os cidadãos que estão fora dos partidos, decidam entrar e apoiar os outros que já lá estão. 

(adaptado de João Nogueira Santos).

Adere, Vota e Intervém dentro de um Partido. Cidadania para a Mudança!
https://www.facebook.com/groups/aderevotaintervem/

terça-feira, 23 de outubro de 2012

There are other ways! ;-)



American Politicians Should Learn Some Policy Lessons from Hong Kong and Singapore

Singapore has been in the news because one of the Facebook billionaires has decided to re-domicile to that low-tax jurisdictions.
Some American politicians reacted by blaming the victim and are urging tax policies that are disturbingly similar to those adopted by totalitarian regimes such as the Soviet Union and Nazi Germany.
Maybe they should go on one of their fancy junkets instead and take a visit to Hong Kong and Singapore. Even with first-class airfare and 5-star hotels, taxpayers might wind up benefiting if lawmakers actually paid attention to the policies that enable these jurisdictions to grow so fast.
They would learn (hopefully!) some of what was just reported in the Wall Street Journal.
Facebook  co-founder Eduardo Saverin’s recent decision to give up his U.S. citizenship in favor of long-term residence in Singapore has drawn fresh attention to the appeal of residing and investing in the wealthy city-state and other parts of Asia, where tax burdens are significantly lighter than in many Western countries. …Some 100 Americans opted out of U.S. citizenship in Singapore last year, almost double the 58 that did so in 2009, according to data from the U.S. Embassy in Singapore. …The increase of Americans choosing to renounce their citizenship comes amid heated tax debates in the U.S. Many businesses and high-income individuals are worried…[about]…tax increases in future years.
It’s not just that America is moving in the wrong direction. That’s important, but it’s also noteworthy that some jurisdictions have good policy, and Hong Kong and Singapore are always at the top of those lists.
The Asian financial hubs of Singapore and Hong Kong, on the other hand, have kept personal and corporate taxes among the lowest in the world to attract more foreign investment. Top individual income-tax rates are 20% in Singapore and 17% in Hong Kong, compared with 35% at the federal level in the U.S., according to an Ernst & Young report. The two Asian financial centers have also been praised by experts for having simpler taxation systems than the U.S. and other countries. …The tax codes are also more transparent so that many people don’t require a consultant or adviser.
Keep in mind that Hong Kong and Singapore also avoid double taxation, so there’s nothing remotely close to the punitive tax laws that America has for interest, dividendscapital gains, and inheritances.
One reason they have good tax policy is that the burden of government spending is relatively modest, usually less than 20 percent of economic output (maybe their politicians have heard of the Rahn Curve!).
No wonder some Americans are shifting economic activity to these pro-growth jurisdictions.
“The U.S. used to be a moderate tax jurisdiction compared with other countries and it used to be at the forefront of development,” said Lora Wilkinson, senior tax consultant at U.S. Tax Advisory International, a Singapore-based tax services firm that specializes in U.S. taxation laws. Now “it seems to be lagging behind countries like Singapore in creating policies to attract business.” She said she gets at least one query per week from Americans who are interested in renouncing their citizenship in favor of becoming Singaporeans. …Asian countries offer a business climate and lifestyle that many find attractive: “America is no longer the Holy Grail.”
That last quote really irks me. I have a knee-jerk patriotic strain, so I want America to be special for reasons above and beyond my support for good economic policy.
But the laws of economics do not share my sentimentality. So long as Hong Kong and Singapore have better policy, they will grow faster.
To get an idea of what this means, let’s look at some historical data from 1950-2008 on per-capita GDP from Angus Maddison’s database. As you can see, Hong Kong and Singapore used to be quite poor compared to the United States. But free markets, small government, and low taxes have paid dividends and both jurisdictions erased the gap.
Wow, America used to be 4 times richer, and that huge gap disappeared in just 60 years. But now let’s look at the most recent data from the World Bank, showing Gross National Income for 2010.
It’s not the same data source, so the numbers aren’t directly comparable, but the 2010 data shows that the United States has now fallen behind both Hong Kong and Singapore.
These charts should worry us. Not because it’s bad for Hong Kong and Singapore to become rich. That’s very good news.
Instead, these charts are worrisome because trend lines are important. Here’s one final chart showing how long it takes for a nation to double economic output at varying growth rates.
As you can see, it’s much better to be like Hong Kong and Singapore, which have been growing, on average, by more than 5 percent annually.
Unfortunately, the United States has not been growing as fast as Hong Kong and Singapore. Indeed, last year I shared some data from a Nobel Prize winner, which showed that America may have suffered a permanent loss in economic output because of the statist policies of Bush and Obama.
What makes this so frustrating is that we know the policies that are needed to boost growth. But those reforms would mean less power for the political class, so we face an uphill battle.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Sim, estamos a pagar a festa socialista



Se eu fosse deputado da nação, votaria contra o orçamento. Mas esta discordância não me afecta a memória: o orçamento de Gaspar é a conta da governação PSSim, Passos e Portas deviam ter apresentado outras formas de pagar a festa socialista , mas a dimensão da conta seria sempre colossal. A festança durou década e meia. Entre 1995 e 2011, o PS governou o país de forma hegemónica, tirando o interlúdio cómico Barroso-Santana. Na primeira vaga, Guterres & Cia. aumentaram a dimensão da função pública e criaram o milagre das SCUT, entre outras genialidades progressistas. Na segunda vaga, Sócrates & Cia. aumentaram a dívida soberana em 93%. Repito: estes indivíduos que agora estão sentados no parlamento como se fossem virgens acabadinhas de sair do convento duplicaram a dívida da república em apenas seis anos. Estes são os mesmos indivíduos que legaram à posteridade um défice acumulado das administrações públicas acima dos 50 mil milhões de euros.
Sim, este governo está errado na forma como está a lidar com a conta, até porque está a repetir a fórmula socialista do costume: ser um leão nos impostos, ser um bezerrinho a dar marradinhas de amor na despesa . Mas, em nome da memória e, como se diz?, honestidade intelectual, convém não esquecer que a conta seria muito menor se aqueles habitantes do Largo do Rato não tivessem passado por São Bento.
Ler mais: http://expresso.sapo.pt/sim-estamos-a-pagar-a-festa-socialista=f761260#ixzz2A6JeryYf


Troika: Agiotas! ;-)



Ao que parece a Troika, que tinha vindo para ajudar, conseguiu aumentar ainda mais a dívida portuguesa!!! 

Que curioso... 

Nunca ouvi falar de nenhum agiota que ajudasse pessoas endividadas...

by Tiago Rocha Gonçalves Pina

sábado, 20 de outubro de 2012

Relembrar Sugestões para o Orçamento

http://aderevotaintervem.blogspot.pt/2011/11/alternativa-orcamental-que-falta.html



A alternativa orçamental que falta discutir - Uma proposta para todos os partidos

Pela primeira vez, militantes do PS e PSD (e esperamos brevemente de outros partidos) do grupo "Adere, Vota e Intervém dentro de um Partido. Cidadania para a Mudança", vão dentro dos seus partidos  promover e defender a proposta que em baixo se apresenta relativa redução das pensões mais elevadas que hoje são pagas pelo Estado (quer da Segurança Social quer da Caixa Geral de Aposentações).

Esta é um proposta nascida no seio de várias discussões entre cidadãos e militantes de vários partidos, e que queremos colocar na agenda da discussão do Orçamento 2012, dos partidos com representação parlamentar.

Proposta - A alternativa orçamental que falta discutir (provavelmente a mais importante)

As pensões de reforma mais elevadas concedidas aos cidadãos que na sua vida profissional tiveram rendimentos elevados são hoje um encargo muito pesado para as gerações activas, contribuindo para que Portugal tenha em pensões de reforma, uma despesa total em % do PIB muito superior da média Europeia (2008: Portugal 13,2%, UE17 11.7% fonte Pordata) e que não pára de crescer.

O nosso sistema de pensões não se baseia num regime de capitalização mas sim de repartição: os cidadãos activos pagam as pensões dos reformados. Os cidadãos que hoje beneficiam de pensões mais elevadas não tiveram de fazer descontos elevados aquando da sua vida activa porque nessa altura, o número de pensionistas e o valor das pensões era muito menor ao actual. Se os seus descontos fossem capitalizados, jamais aufeririam os rendimentos que a sua pensão de reforma hoje oferece.

Tudo estaria bem se o país gerasse uma riqueza elevada crescente e tivesse uma demografia favorável. Acontece que a situação do país é grave e conhecida: estagnação económica e défices acumulados geraram uma divida pública insustentável que nos obrigou a recorrer a ajuda externa e a nos comprometermos com obrigações orçamentais definidas no memorando da Troika.

Segundo este memorando, Portugal precisa de “reduzir o défice do público para menos de10.068 M€ (equivalente a 5.9% do PIB baseados nas projecções correntes) em 2011 , 7.450M€ em 2012 (4.5% do PIB) e 5.224M€ (€3% do PIB) em 2013 através de medidas permanentes de alta qualidade e minimizando o impacto da consolidação nos grupos mais vulneráveis”.

Face ao ponto de partida de 2010 (Deficit de 9,1% do PIB), Portugal tem de reduzir o défice em mais 10.000M€ (6% PIB) em apenas 3 anos.

Trata-se de um valor colossal que apenas pode ser realisticamente obtido através de uma combinação destas quatro grandes opções:  1 – Aumento significativo de impostos  2 - Redução significativa dos rendimentos e/ou numero de  funcionários públicos  3 – Venda de activos do Estado  ou o seu desmantelamento 4 – Redução significativa de prestações sociais mais generosas (reduzir as prestações mais baixas impactaria gravemente nos grupos socialmente mais vulneráveis, algo desaconselhado inclusivamente pelo memorando da Troika).

O orçamento apresentado pelo governo aponta claramente para uma estratégia assente nas opções 1, 2 e 3 não escolhendo a alternativa de redução significativa das pensões mais elevadas.

Tendo Portugal não só uma despesa com pensões muito superior à média Europeia como referido anteriormente, como também um forte desequilíbrio na redistribuição dos rendimentos a favor das gerações reformadas (como explicado no livro “ Segurança Social: o futuro hipotecado”  Prof.  Fernando Ribeiro Mendes, Edição FFMS)  é difícil compreender a razão pela qual a  alternativa de fazer uma correcção estrutural no valor das actuais pensões mais elevadas (superiores a €1.500/mês) não foi considerada (uma opção frequentemente levantada por vários reputados economistas como Prof. Silva Lopes).

Por exemplo, uma redução média de 20% das pensões superiores a €1.500/mês poderia gerar redução de despesa de perto de 2.000M€/ano (o dobro do valor do corte dos subsídios de Férias e Natal dos funcionários Púbicos). A criação adicional de um tecto máximo de €2.500/mês nas pensões (como existe na Suiça um de menor valor) poderia gerar uma redução de despesa ainda superior.

Quaisquer um destes cenários alternativos introduziria mais justiça social entre as gerações activas e reformadas, sustentabilidade no Estado Social e uma significativa redução de despesa do Estado que em muito ajudariam a cumprir os objectivos do défice.

É essencial que os partidos políticos com assento parlamentar tomem uma posição clara sobre a reestruturação do nível das pensões actualmente pagas e que o governo explique porque é que esta alternativa de redução de despesa não foi considerada.

Esta é a questão estratégica orçamental mais importante para o futuro do país. Os cidadãos e os tempos graves que vivemos requerem que esta alternativa seja totalmente esclarecida e debatida pelos partidos que nos representam na Assembleia da República e pelo Governo.


João Nogueira Santos -  militante 2.0* PS
Carlos Macedo e Cunha -  militante 2.0* PSD


O Caso de (Suposto) Sucesso: A ISLÂNDIA!


Islândia, e agora?

A Islândia é frequentemente citada no debate público, quer a propósito dos resgates do FMI, quer sobre o “default” da dívida, o “não pagamos”. Sob a ameaça da “dividocracia”, o que se passa realmente na Islândia”? Separar factos de mitos parece essencial na discussão de alternativas ao “regime de credores”.
Entretanto, a deriva neoliberal que tomou o poder em Reykjavik levou à privatização dos bancos nacionais em 2003. Estes bancos entraram na espiral da especulação global, encheram-se de títulos tóxicos e acabaram “literalmente” por rebentar na crise financeira global de 2008.
Na hora da falência, as dívidas destes bancos eram de uma tal magnitude que somavam mais de dez vezes o produto islandês. De pronto, o governo nacionalizou três bancos e o seu prejuízo, acertou com o FMI um plano de resgate financeiro do país e viu a sua moeda, a coroa, a desvalorizar 85% face ao euro. Esse “bailout” é de 2,1 mm de euros, a que se somaram empréstimos bilaterais de países nórdicos, na mesma grandeza.
Desde logo, a população organizou protestos sucessivos que levaram à queda do governo de direita. Isto porque a Aliança Social-Democrata, parceiro minoritário do Governo, se retirou do elenco, provocando a demissão. Estes colegas do PS português fizeram parte, e muito ativa, da deriva neoliberal e das privatizações especulativas. A deriva neoliberal não é mesmo uma responsabilidade que possa ser atribuída em exclusivo ao Partido da Independência, conservador, que dirigia o executivo. As eleições antecipadas, de Abril de 2008, vieram a ditar a incumbência de uma coligação de governo da Aliança Social-democrata e do Movimento Esquerda Verde. Os social-democratas, alegando uma doença da sua líder, apresentaram outra candidata a primeira-ministra, usando a cosmética necessária para tentarem distanciar-se do fracasso anterior, que os trouxera à bancarrota, e conseguiram.
Não é demais sublinhar o formidável movimento popular que evoluiu das consecutivas “manifs” frente ao parlamento para a punição eleitoral dos conservadores.
O início da governação do centro-esquerda foi, no mínimo, estranha. O parceiro menor da coligação, o Movimento Esquerda Verde, abdicou de pontos essenciais do seu programa: embora contrário à NATO, decidiu não questionar a presença nessa organização militarista; embora contrário à adesão à União Europeia, decidiu não se opor ao pedido de adesão a Bruxelas.
A primeira-ministra Johanna Sigurdasdottir, social-democrata, por um lado, promete ajustar contas com o crime neoliberal, por outro lado, mantém sem mais o acordo com o FMI e o pagamento da dívida pública às entidades exteriores.
Os aumentos de impostos sobre o consumo e o trabalho, cortes nos serviços públicos, desvalorização dos salários, receita célebre, foi posta em prática. Dois anos depois, o “relatório de progresso” da União Europeia dá conta da severidade das medidas de austeridade impostas à população.
Este governo, que se diz de centro-esquerda, foi imediatamente pressionado pela Inglaterra e pela Holanda que exigiram à Islândia cerca de 4 mm de euros de indemnização. Montante que resulta dos pagamentos que estes estados fizeram a cidadãos dos seus países por terem perdido os depósitos que mantinham a altos juros numa subsidiária bancária islandesa – ICESAVE. Este pagamento à Inglaterra e Holanda - do ICESAVE - está fora da dívida publica islandesa. Muita gente aparece a dizer que a Islândia se recusou a pagar a dívida externa, quando de facto há é uma rejeição de pagamentos do ICESAVE. E esta rejeição aconteceu, após o repúdio popular a um acordo que previa o pagamento destas indemnizações a juros de 5,5 % a 15 anos. O Presidente da República entendeu que uma maioria parlamentar não era suficiente para autorizar as indemnizações externas e decidiu-se por um referendo aos cidadãos. Quer social-democratas, quer verdes, opuseram-se asperamente ao referendo mas não puderam impedi-lo. O resultado desta consulta, em Março de 2010, foi esmagador. 93% dos islandeses rejeitaram pagar o prejuízo do ICESAVE.
O governo renegociou em seguida o acordo e obteve da Inglaterra e da Holanda uma melhoria de condições: 3% de juros em 37 anos. No 2º referendo, em Abril de 2011, o povo rejeitou novamente esse pagamento, agora com uma maioria menor, de 60% dos islandeses.
A seguir, o processo seguiu para o Tribunal da EFTA, associação de comércio livre de que a Islândia é parte. No final de 2011 esse tribunal intimou a Islândia ao pagamento de compensações. O governo tem a batata quente nas mãos e o impasse à sua frente. Entretanto, e paralelamente, continua a processar-se o pagamento da dívida externa “oficial” da Islândia, formalmente cumprida e certificada pelo FMI, como já se percebeu. Curiosamente, num montante inferior à divida da Madeira.
Sucederam-se ali outros factos de interesse internacional criando expectativas altas um pouco por todo o lado. Verifica-se que o governo promoveu uma acusação judicial aos ex-primeiros-ministros, outros funcionários e banqueiros. Em particular, a acusação a Keir Hardie, ex-chefe do executivo, por negligência governativa equiparada a crime, causando notável interesse por haver poucos precedentes deste género na história penal de estados constitucionais. Deve dizer-se que a montanha pariu um rato: as detenções foram efémeras. O caso BPN em processo judicial, que os portugueses fortemente ridicularizam pela brandura, é muitíssimo mais duro que o processo efetuado pela Islândia.
Também os Islandeses, desconfiados da maioria parlamentar que se “queimou” nos referendos, atribuíram por votação direta a 25 cidadãos independentes a tarefa de elaborar uma nova Constituição. Esse processo fez furor pelo ineditismo da democracia direta, mas também porque os 25 constituintes discutiam obrigatoriamente os seus projetos nas redes sociais da internet. Simpático era. O resultado é uma enorme desilusão porquanto o projeto de constituição produzido, se bem que garante a democracia política e elementos de participação popular, é muito recuado na área económico-social. Abriu uma nova polémica no pequeno país quando não estabelece a garantia de propriedade pública de recursos naturais. Disso nos deu conta a conhecida cantora Bjork, que animou uma plataforma contra a entrega a multinacionais de zonas de exploração aquática e mineira do arquipélago. O projeto poderia eventualmente ser melhorado no parlamento, onde foi entregue pelos “25” em Agosto de 2011. Aguarda decisão sobre a hora de morrer ou nascer. O parlamento tem ainda a batata quente nas mãos e o impasse à sua frente.
Assisti em Agosto de 2011, em Amesterdão, a uma conferência do ministro das Finanças da Islândia, líder da Esquerda Verde, S. Sigfusson, no âmbito de uma reunião que envolveu muitos partidos europeus de esquerda. O meu choque, muito pessoal, começou logo no facto do power-point se iniciar e acabar com elogios de Poul Thomsen, citações elogiosas escolhidas pelo ministro ao “ajustamento” islandês. O mesmo “senhor FMI” que se tornou comissário para a Grécia e para Portugal.
As explicações adiantadas sobre o corte na despesa pública, o corte nos serviços públicos, apesar da subida do IVA e dos impostos sobre o consumo, não se distinguiram das receitas de austeridade habituais.
Não era sequer uma “austeridade light”, nem assumida como tal.
Sigfusson queria significar que a Islândia estava no mercado global, recuperado da bancarrota. Chamou-lhe tarefa patriótica, lamentou a perda das poupanças dos islandeses, e disse estar preparado para uma derrota eleitoral com o previsível regresso do partido conservador que criou o ICETOXIC islandês. Num tom que não pude deixar de comparar a Sócrates, o dramatismo de ter sido ministro logo num azar da história, registei o agastamento contra os referendos do ICESAVE e, mais do que isso, a rejeição de qualquer proposta de dívida pública europeia (euro-bonds).
Por agora, em ReyKjavik, não se sabe se não haverá eleições antecipadas. Formalmente, o mandato do governo só termina na primavera de 2013. Mas os impasses são muitos e a contestação cresce. O aumento extraordinário das prestações de habitação própria, ou mesmo a perda de casa própria, na sequência das falências da banca é um problema social tão vulcânico como o cenário ilhéu. Nada disso se parece com descrições que nos media indicavam estar em curso uma “revolução democrática anticapitalista”.
Importa, talvez, valorizar na experiência islandesa o movimento popular que abriu expectativas à esquerda política e social, que impôs dois referendos, que disse não à usura financeira da Inglaterra e da Holanda.
Importa, parece, condenar um governo, apresentado como de Esquerda, que conduziu todo o processo de resgate com o FMI, em contra-mão ao movimento popular.
Importa, quanto muito, não ter a ilusão que a democracia direta apartidária garante constituições progressistas só por ser direta e apartidária.
A todos aqueles que viram na Islândia coisa diferente do que se lá passou, sem minorar as capacidades revolucionárias desse povo do Gelo, talvez se aplique a frase de Sigfusson, o líder da Esquerda Verde e ministro das Finanças “não tentem imitar a Islândia!”
Ele disse-o num contexto embaraçoso para qualquer tonalidade de esquerda, em entrevista à Bloomberg a 28/12 último:
“As pessoas devem ser muito cautelosas no que toca a comparar a Islândia com a Grécia, Portugal, Espanha e Irlanda. A Islândia não tinha capacidade para salvar os bancos. Tentar reescrever os acontecimentos que levaram a essa eventualidade como uma espécie de produto importado é uma irresponsabilidade”. Vítor Gaspar está de acordo e nem é dos “verdes europeus”.
Artigo publicado em acomuna.net

Em democracia não há lugar à regalia quando a bolsa está vazia


Em democracia não há lugar à regalia quando a bolsa está vazia



Num país na bancarrota, em que os cidadãos perdem direitos todos os dias e em que sofrem um "enorme" aumento de impostos, a compra de carros topo de gama não é um direito, é um mau uso do dinheiro de todos nós. O líder parlamentar do PS, Carlos Zorrinho, parece não perceber que não é o tamanho do carro em que os deputados andam que garante uma melhor democracia. O Má Despesa já escreveu ao deputado. Mostre também a sua opinião e escreva a Carlos Zorrinho (czorrinho@ps.parlamento.pt). Pode usar a mensagem que se segue:

«Exm.º Sr. Deputado , José Carlos das Dores Zorrinho,
Considerando as afirmações por si proferidas relativamente à renovação da frota automóvel ao serviço do grupo parlamentar que lidera na Assembleia da República ( "Pagamos mensalmente 3700 euros de renda. É dinheiro dos contribuintes? Claro que é. Mas quem quer uma democracia sem custos, o que verdadeiramente deseja é uma não democracia. Sem democracia os custos são ainda mais elevados mas ninguém sabe.

Eu sou democrata e quero que tudo se saiba. Até que deixei de poder usar em serviço um BMW 5 para usar um Audi A5 porque era significativamente mais barato" ), venho, por este meio, sugerir a visualização do vídeo sobre a vida dos políticos suecos (no link:
http://www.youtube.com/watch?v=7iBsf-0flQ4
Sr Deputado, em democracia não há lugar à regalia quando a bolsa está vazia.
Atenciosamente»




Publicada por Má Despesa Pública


PS - Naturalmente que todos estaremos de acordo que a SUÉCIA é um País do 3 mundo...!

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

ALARME: WALL STREET JOURNAL

Trompetes de alarme: Que os mais tacanhos e ignorantes não façam contas (porque de contas se trata) não me admira. 
Que considerem o Financial Times um pasquim de esquerda, dou de barato. 
Que rotulem o Martin Wolf um marxista, o Krugman um nobelizado por engano, o FMI e a Christine Lagarde perigosos revolucionários irresponsáveis da extrema esquerda, aceito. 
Não me parece é que um artigo de opinião (inteirinho, na página central do WSJ, entre dois artigos a declarar a vitoria de Romney no debate de ontem) todo dedicado a Portugal - nunca tinha visto algo assim - e que termina, liminar, a avisar que, com esta política orçamental estamos "on the road to becoming a new Greece", não possa senão soar a trompetes de alarme. 
Até para quem escolheu ser surdo.



O artigo chama-se "Automatic Destablizers". 
Uma ironia amarga aos estabilizadores automáticos nos quais o governo prefere errar (doutra forma como acreditar que o OE2013 preveja uma recessão de apenas 1% negativos do PIB?). 
Para quem fizer ideia do PIB português (se não sabem, lembrem-se de Guterres: "...é só fazer as contas..."), multiplique o valor acrescido de carga fiscal (27%) pelo valor da receita fiscal no PIB e (se acreditar no FMI...devíamos...) multiplique isso pelo multiplicador corrigido (escolha o mais baixo). 
Veja quanto vai cair o PIB e pergunte-se como vamos pagar a dívida (a 5%) para fechar o défice com que vamos acabar. 
Resposta: com mais "curralito". 
Escapa quem pode.

by André Freitas... ;-)

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

A tabela contributiva do OE 2013 - Jornal Público

A tabela contributiva do OE 2013 - Jornal Público


OPINIÃO: Gaspar não é injusto... é incompetente!


Cada vez fica mais claro que o Ministro Vitor Gaspar está a fazer um OE para 2013 em modelo "bomba atómica fiscal" que pode provocar uma "septicemia" económica em Portugal, como muito bem disse Bagão Félix (será que ele estaria disponível para encabeçar um Governo de Salvação Nacional, que poderia ser suportado na actual maioria e com o PS, num governo de iniciativa presidencial?), não porque o Ministro seja um insensível fiscal, mas sim porque é incompetente (falha nos modelos e previsões e não sabe encontrar caminhos diferentes).
Ainda hoje as previsões do FMI apontam para uma recessão no próximo ano que pode ir entre 2,8% a 5,3%! Sim repito, 5,3%!
Alguém me explica como é que os modelos do nosso Ministro das Finanças lhe dão 1% de recessão?!?!
Se nos tempos de Sócrates defendi que o Governo era INCOMPETENTE e CORRUPTO, para justificar os maus orçamentos de estado, desta vez repito o adjectivo INCOMPETENTE.
Não me revejo neste Orçamento de Estado em nada. Se já o ano passado fiquei desiludido, essa desilusão dá este ano lugar a um inconformismo de quem não quer acreditar que há sequer a hipótese deste Orçamento ser aprovado.
Tudo farei para alertar e chamar a atenção ao actual Governo para o "erro de dimensões históricas" que está a cometer, e que nos leva a passos largos para o descalabro.
A redução do PIB em 5,3% a acontecer, é maior que a redução do deficit que o governo propõe fazer, anulando totalmente o seu efeito, e pelo contrário aumentando o deficit em mais 4 mil milhões de €.
Mesmo no cenário mínimo previsto pelo FMI de uma queda de 2,8% do PIB, a diminuição de deficit não chega a 1000 milhões de €, menos que 1% do PIB.
CHEGA DE BRINCAR AO EXCEL!
Façam modelos de previsão como deve ser, e actuem de forma a corrigir este ERRO CATASTRÓFICO!
Se não perdoo a Sócrates o roubo que nos fez hipotecar o futuro de Portugal por várias gerações, por via de uma duplicação da dívida pública em apenas 6 anos de governação, a ESTE GOVERNO NÃO VOU PERDOAR O LEVAREM PORTUGAL À BANCARROTA!

ACORDEM que AINDA VÃO A TEMPO!!!

PS: Se não o Sr. Presidente da República tem agora oportunidade de fazer uso das suas prerrogativas de mais alto magistrado da República de Portugal.

Não é piada: Portugal tem um T7 devoluto em Manhattan

"Não é piada: Portugal tem um T7 devoluto em Manhattan" by Henrique Raposo

Ler mais: http://expresso.sapo.pt/nao-e-piada-portugal-tem-um-t7-devoluto-em-manhattan=f760661#ixzz29XlxPZEn




Eu estou lixado com a cobardia do governo , mas não tenho memória curta e não me esqueço das causas políticas e até culturais da crise. Para começo de conversa, não me esqueço da falta de respeito que o meu Estado revela pelo dinheiro dos meus impostos. Há dias, aliás, emergiu um exemplo quase cómico deste desrespeito: o ministério dos Negócios Estrangeiros da República Portuguesa, essa aristocrata riquíssima, tem um apartamento luxuoso em Manhattan desde 1971. Parece que Paulo Portas vai vender a chafarica, mas nada altera a premissa inicial: a propriedade deste apartamento é em si mesmo questionável. Com ou sem petróleo no Beato, Portugal não é um país rico. Necessitava Portugal de um apartamento em Nova Iorque para os seus diplomatas? Claro. Mas tinha mesmo de ser uma mansão de oito assoalhadas no edifício Dakota, um dos mais luxuosos de Manhattan, situado mesmo em frente ao Central Park? Não, não tinha. Mais: estamos em crise desde 2000, logo, a pergunta é legítima: porque é que ninguém vendeu este T7 mais cedo? Além do encaixe imediato, essa venda representaria sempre uma poupança anual de milhares de euros, pois as despesas de condomínio lá do sítio também são de luxo. 
Se já era muito questionável, esta situação tornou-se surreal quando descobrimos que este T7 nova-iorquino do Estado português está abandonado desde 2007. Até parece piadinha.

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Grandes Verdades sobre a ASAE e Fundações


José Gomes Ferreira «Grandes Verdades sobre a ASAE e Fundações»
"Este rapaz não vai longe !...Por isso é melhor aproveitarem agora que daqui a mais uns anos...quando já não disser o que realmente pensa, porque por este andar, nem direito a pensão vai ter !..."
Concordo Pedro Trigo!!!

Dar nome as coisas é corrupção ativa nos poderes em Portugal


A corrupção nos poderes políticos e mudar os elementos dos partidos nacional.

Mauro Sampaio, micro-empresário, é brasileiro e filho de pais portugueses, desenvolve a sua actividade em Portugal há bastantes anos e ontem no programa Prós e Contas pôs o dedo na ferida ao falar de muito do que se passa no nosso país mas que ninguém tem coragem de falar abertamente.

CORTAR na DESPESA? OLHEM para o REINO UNIDO e a HOLANDA!



Steve Hilton, director of strategy for British Prime Minister David Cameron, arrives by bicycle in Downing Street before the weekly Cabinet meeting on March 29, 2011 in London, England. Delegates and foreign ministers from several countries are meeting in central London for a conference on the future of Libya.


British minister Andrew Mitchell, who reportedly insulted police officers after they stopped him from cycling out of the main gate down the street from the prime minister's official residence, arrives at a government meeting in May. 



 



Netherlands' Prime Minister Mark Rutte arrives on his bike at the Prime Minister's Catshuis residence in The Hague, Netherlands, Thursday, March 29, 2012. Rutte and his two most important allies are meeting Thursday to decide whether to continue talks on spending cuts that would bring the Netherlands' budget deficit within European guidelines. The most likely alternative is new national elections. All eyes are on politician Geert Wilders, whose anti-Islam party helps Rutte's all-conservative Cabinet reach a majority in parliament.

http://www.mysanantonio.com/news/article/Dutch-Cabinet-returns-to-talks-over-spending-cuts-3443345.php

http://www.channelnewsasia.com/stories/afp_world/view/1196833/1/.html

Erro de dimensões históricas!


Não somos só nós... são muitos economistas a nível mundial, em cargos importantes no FMI, na UE, no BCE, jornais como o Financial Times, etc...
Todos estão de acordo,que o governo português está em total desfasamento com a opinião económica europeia e mundial, na sua deriva de austeridade.
Não se trata apenas de falta de capacidade para fazer diferente: trata-se de um erro de dimensões históricas!
O Governo Português parece aquele tolo que se encontra à beira do abismo...e dá um grande salto em frente...

PORTUGAL, DEFICIT, PIB, CRESCIMENTO, ECONOMIA



Estamos a chegar ao ridículo de se achar que PORTUGAL NÃO PODE CRESCER, e que o PIB tem DESTINO NEGATIVO entre nós.
Diz-se que SÓ AUMENTANDO A PRODUTIVIDADE o país PODE CRESCER, que os PORTUGUESES GASTARAM DEMAIS... e que por CASTIGO DIVINO, agora TEMOS DE PAGAR.
Pois CHEGA!
Portugal PODE e precisa de CRESCER para ter FUTURO!
A baixa PRODUTIVIDADE em Portugal não é só endógena, é também ESTATÍSTICA!
Numa ECONOMIA PEQUENA como a nossa em que o PIB per capita é à volta de 17.000€/ano, em que o salário base é METADE do espanhol, e 1/4 do salário base Francês, Holandês e Alemão, e em que as EXPORTAÇÕES não representam ainda 20% do PIB (a Holanda com 10 milhões de habitantes como nós, exporta 60% do que produz), É POSSÍVEL MUDAR O PARADIGMA e FAZER CRESCER MUITO MAIS O PIB por via das exportações.
É possível fazer CRESCER as exportações para os 60 mil milhões de euros/ano (30% do PIB), em 4 anos, e com isso ter o PIB a CRESCER pelo menos uns 3% ao ano.
Se a isso conseguirmos juntar uma REDUÇÃO DA DESPESA do estado à volta de mil milhões de euros/ano, EM 4 ANOS temos o DEFICIT ... como que por magia... a RONDAR os 2,5% do PIB.
Se a isto aliarmos medidas de promoção do auto-empreendedorismo, juntamente com formação específica em áreas estratégicas ao pais, conseguimos ter a economia a CRESCER ainda mais... e com isso REDUZIMOS AINDA MAIS O DEFICIT e sobretudo COMBATEMOS O FLAGELO DO DESEMPREGO.
E se ALGUÉM NO ACTUAL GOVERNO quiser DISCUTIR ISTO SERIAMENTE... NÓS PORTUGUESES AGRADECEMOS... é que A ESPERANÇA ESTÁ A ACABAR... e não VOS vemos fazer O MAIS IMPORTANTE... SALVAR PORTUGAL.... e como já nem nós acreditamos em vocês... caminhamos a passos largos para um GOVERNO DE SALVAÇÃO NACIONAL.

OBRIGATÓRIO LER: Quando também tínhamos homens que eram gente de honra em altos cargos políticos...

OBRIGATÓRIO LER!
Afinal ainda existem políticos com integridade e valores!

http://www.cao.pt/cronica.pdf


Quando cumpria o seu segundo mandato, Ramalho Eanes viu ser-lhe apresentada pelo Governo uma lei especialmente congeminada contra si.

O texto impedia que o vencimento do Chefe do Estado fosse «acumulado com quaisquer pensões de reforma ou de sobrevivência» públicas que viesse a receber.
Sem hesitar, o visado promulgou-o, impedindo-se de auferir a aposentação de militar para a qual descontara durante toda a carreira.
O desconforto de tamanha injustiça levou-o, mais tarde, a entregar o caso aos tribunais que, há pouco, se pronunciaram a seu favor.
Como consequência, foram-lhe disponibilizadas as importâncias não pagas durante catorze anos, com retroactivos, num total de um milhão e trezentos mil euros.
Sem de novo hesitar, o beneficiado decidiu, porém, prescindir do benefício, que o não era pois tratava-se do cumprimento de direitos escamoteados - e não aceitou o dinheiro.

Num país dobrado à pedincha, ao suborno, à corrupção, ao embuste, à traficância, à ganância, Ramalho Eanes ergueu-se e, altivo, desferiu uma esplendorosa bofetada de luva branca no videirismo, no arranjismo que o imergem, nos imergem por todos os lados.
As pessoas de bem logo o olharam empolgadas: o seu gesto era-lhes uma luz de conforto, de ânimo em altura de extrema pungência cívica, de dolorosíssimo abandono social.

Antes dele só Natália Correia havia tido comportamento afim, quando se negou a subscrever um pedido de pensão por mérito intelectual que a secretaria da Cultura (sob a responsabilidade de Pedro Santana Lopes) acordara, ante a difícil situação económica da escritora, atribuir-lhe. «Não, não peço. Se o Estado português entender que a mereço», justificar-se-ia, «agradeço-a e aceito-a.
Mas pedi-la, não. Nunca!»
O silêncio caído sobre o gesto de Eanes (deveria, pelo seu simbolismo, ter aberto telejornais e primeiras páginas de periódicos) explica-se pela nossa recalcada má consciência que não suporta, de tão hipócrita, o espelho de semelhantes comportamentos.
“A política tem de ser feita respeitando uma moral, a moral da responsabilidade e, se possível, a moral da convicção”, dirá. Torna-se indispensável “preservar alguns dos valores de outrora, das utopias de outrora”.
Quem o conhece não se surpreende com a sua decisão, pois as questões da honra, da integridade, foram-lhe sempre inamovíveis. Por elas, solitário e inteiro, se empenha, se joga, se acrescenta- acrescentando os outros.
“Senti a marginalização e tentei viver”, confidenciará, “fora dela. Reagi como tímido, liderando”. O acto do antigo Presidente («cujo carácter e probidade sobrelevam a calamidade moral que por aí se tornou comum», como escreveu numa das suas notáveis crónicas Baptista-Bastos) ganha repercussões salvíficas da nossa corrompida, pervertida ética.

Com a sua atitude, Eanes (que recusara já o bastão de Marechal) preservou um nível de dignidade decisivo para continuarmos a respeitar-nos, a acreditar-nos - condição imprescindível ao futuro dos que persistem em ser decentes.



Texto de Fernando Da Costa - para reflexão, se ainda temos tempo para isso!!!

Nota: Já escrevi algures no Expresso um comentário sobre Ramalho Eanes, mas sinto-me na obrigação de dizer algo mais e que me foi contado por mais que uma pessoa.

Disseram-me que perante as dificuldades da Presidência teve de vender uma casa de férias na Costa de Caparica e ainda que chegou a mandar virar dois fatos, razão pela qual um empresário do Norte lhe ofereceu tecido para dois. Quando necessitava de um conselho convidava as pessoas para depois do jantar, aos quais era servido um chá por não haver verba para o jantar. O policia de guarda em vez de estar na rua de plantão ao fio e chuva mandou colocá-lo no átrio e arranjou uma cadeira para ele não estar de pé. Consta que também lhe ofereceram Ações da SLN-BPN, mas recusou.

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Aviso ao Governo Português!!! ;-)

"When half of the people get the idea that they do not have to work because the other half is going to take care of them, and when the other half gets the idea that it does no good to work because somebody else is going to get what they work for, that my dear friend, is about the end of any nation. You cannot multiply wealth by dividing it.” - Adrian Rogers

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

O QUE A TROIKA REALMENTE QUER QUE O GOVERNO PORTUGUÊS FAÇA!!!

O QUE A TROIKA REALMENTE QUER QUE O GOVERNO PORTUGUÊS FAÇA E AINDA NÃO CONSEGUIU. É MAIS FÁCIL CONFISCAR O POVO !!!!


• Reduzir as mordomias (gabinetes, secretárias, adjuntos, assessores, suportes burocráticos respectivos, carros atestados, motoristas, etc.) dos ex-presidentes da República.

• Redução do número de deputados da Assembleia da República para 80, profissionalizando-os como nos países a sério. Reforma das mordomias na Assembleia da República, como almoços opíparos, com digestivos e outras libações, tudo à custa do pagode.

• Acabar com centenas de Institutos Públicos e Fundações Públicas que não servem para nada e, têm funcionários e administradores com 2º e 3º emprego.

• Acabar com as empresas Municipais, com Administradores a auferir milhares de euro/mês e que não servem para nada, antes, acumulam funções nos municípios, para aumentarem o bolo salarial respectivo.

• Por exemplo as empresas de estacionamento não são verificadas porquê? E os aparelhos não são verificados porquê? É como um táxi, se uns têm de cumprir porque não cumprem os outros? e se não são verificados como podem ser auditados?

• Redução drástica das Câmaras Municipais e Assembleias Municipais, numa reconversão mais feroz que a da Reforma do Mouzinho da Silveira, em 1821.

• Redução drástica das Juntas de Freguesia. Acabar com o pagamento de 200 euros por presença de cada pessoa nas reuniões das Câmaras e 75 euros nas Juntas de Freguesia.

• Acabar com o Financiamento aos partidos, que devem viver da quotização dos seus associados e da imaginação que aos outros exigem, para conseguirem verbas para as suas actividades.

• Acabar com a distribuição de carros a Presidentes, Assessores, etc, das Câmaras, Juntas, etc., que se deslocam em digressões particulares pelo País;

• Acabar com os motoristas particulares 20 h/dia, com o agravamento das horas extraordinárias... para servir suas excelências, filhos e famílias e até… os filhos das amantes...

• Acabar com a renovação sistemática de frotas de carros do Estado e entes públicos menores, mas maiores no dispêndio públicos.

• Colocar chapas de identificação em todos os carros do Estado. Não permitir de modo algum que carros oficiais façam serviço particular tal como levar e trazer familiares e filhos, às escolas, ir ao mercado a compras, etc.

• Acabar com o vaivém semanal dos deputados dos Açores e Madeira e respectivas estadias em Lisboa em hotéis de cinco estrelas pagos pelos contribuintes que vivem em tugúrios inabitáveis.

• Controlar o pessoal da Função Pública (todos os funcionários pagos por nós) que nunca está no local de trabalho. Então em Lisboa é o regabofe total. HÁ QUADROS (directores gerais e outros) QUE, EM VEZ DE ESTAREM NO SERVIÇO PÚBLICO, PASSAM O TEMPO NOS SEUS ESCRITÓRIOS DE ADVOGADOS A CUIDAR DOS SEUS INTERESSES, QUE NÃO NOS DÁ COISA PÚBLICA.

• Acabar com as administrações numerosíssimas de hospitais públicos que servem para garantir tachos aos apaniguados do poder - há hospitais de distritos com mais administradores que pessoal administrativo. Só o de PENAFIEL TEM SETE ADMINISTRADORES PRINCIPESCAMENTE PAGOS pertencentes ás oligarquias locais do partido no poder.

• Acabar com os milhares de pareceres jurídicos, caríssimos, pagos sempre aos mesmos escritórios que têm canais de comunicação fáceis com o Governo,no âmbito de um tráfico de influências que há que criminalizar, autuar,julgar e condenar.

• Acabar com as várias reformas por pessoa, de entre o pessoal do Estado e>entidades privadas, que passaram fugazmente pelo Estado.

• Pedir o pagamento dos milhões dos empréstimos dos contribuintes ao BPN e BPP.

• Perseguir os milhões desviados por Rendeiros, Loureiros e Quejandos,onde quer que estejam e por aí fora.

• Acabar com os salários milionários da RTP e os milhões que a mesma recebe todos os anos.

• Acabar com os lugares de amigos e de partidos na RTP que custam milhões ao erário público.

• Acabar com os ordenados de milionários da TAP, com milhares de funcionários e empresas fantasmas que cobram milhares e que pertencem a quadros do Partido Único (PS + PSD).

• Acabar com o regabofe da pantomina das PPP (Parcerias Público Privado), que mais não são do que formas habilidosas de uns poucos patifes se locupletarem com fortunas à custa dos papalvos dos contribuintes, fugindo ao controle seja de que organismo independente for e fazendo a "obra" pelo preço que "entendem".

• Obrigação legal de qualquer contrato celebrado com o Estado, que não envolva a segurança nacional ou matéria de segredo de estado, deve ser público e publicado

• Criminalizar, imediatamente, o enriquecimento ilícito, perseguindo, confiscando e punindo os biltres que fizeram fortunas e adquiriram patrimónios de forma indevida e à custa do País, manipulando e aumentando preços de empreitadas públicas, desviando dinheiros segundo esquemas
pretensamente "legais", sem controlo, e vivendo à tripa forra à custa dos dinheiros que deveriam servir para o progresso do país e para a assistência aos que efectivamente dela precisam;

• Controlar rigorosamente toda a actividade bancária por forma a que, daqui a mais uns anitos, não tenhamos que estar, novamente, a pagar "outra crise";

• Não deixar um único malfeitor de colarinho branco impune, fazendo com que paguem efectivamente pelos seus crimes, adaptando o nosso sistema de justiça a padrões civilizados, onde as escutas VALEM e os crimes não prescrevem com leis à pressa, feitas à medida;

• Impedir os que foram ministros de virem a ser gestores de empresas que tenham beneficiado de fundos públicos ou de adjudicações decididas pelos ditos;

• Fazer um levantamento geral e minucioso de todos os que ocuparam cargos políticos, central e local, de forma a saber qual o seu património antes e depois;

• Pôr os Bancos a pagar impostos.