segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Ausência da Cidadania!

A mensagem deste cartaz resume bem a consequência da nossa “ausência” fora e dentro dos partidos.

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Francisco Sá Carneiro, 19 Julho 1934 - 4 Dezembro 1980

"Vivemos uma oportunidade única de construir um país novo, humano e justo e não apenas, um País para alguns".
Palavras de Francisco Sá Carneiro, ainda tão actuais, passados 33 anos do seu desaparecimento.
Palavras de um político excepcional, que nunca é demais evocar.
Para que a memória não se apague!

Durão Barroso foi... maoísta!

Durão Barroso contra o ensino burguês. Agora mudou um pouco...
   

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

CRATO: 1 IMAGEM vale por 1000 PALAVRAS!

Dizem que 1 (uma) imagem vale por 1000 (mil) palavras... e...
8 (OITO) imagens, valem por 8000 (oito mil) palavras?
É que já dissemos tão mal do homem, que bater mais no ceguinho (literalmente) até é pecado!
Por isso aqui ficam OITO imagens!!! :-)









Desemprego no Algarve - Depois do INTERVALO segue o FILME. O intervalo é a ILUSÃO. O filme é a REALIDADE.

"Depois do INTERVALO segue o FILME. 

Segundo a TSF, os estrangeiros foram-se do Algarve e dezenas de hotéis e restaurantes fecharam e centenas e centenas de desempregados fazem filas intermináveis ás portas dos centros de emprego. 

O intervalo é a ILUSÃO. O filme é a REALIDADE." 

Há que agradecer aos nossos políticos nos últimos 30 anos, que cada vez mais legalizam e promovem o conceito de Verão em 15 dias!
A estilista Fátima Lopes do alto da sua sabedoria "popular" disse que "O Algarve abre a 1 de Agosto e fecha dia 15 de Agosto".
A verdade é que dito de forma inocente, a senhora sendo um "exemplo" para muita gente, condiciona hábitos e modas.
Quando se aceita que um restaurante, um hotel, um bar, um casino, uma discoteca, possa estar aberta apenas por 15 dias, estamos a dizer a todos os que operam no mercado do turismo, que não é preciso pagar impostos, nem salários, nem água, nem luz, nem renda, nos restantes 340 dias do ano... fazendo com que a concorrência seja totalmente desleal. 
Isto foi dito, e redito, várias vezes, pelos empresários Algarvios da área Turismo, que se foram queixando do facto dos empresários de fora, fazerem negócio em 15 dias selváticamente e de forma totalmente ilegal, e que acabariam por destruir o turismo do Algarve, e sobretudo o Turismo de qualidade do Algarve. 
O que se aceitou que se fizesse de Vilamoura, é um exemplo de atentado ao Turismo. 
O que aconteceu no passado, com a Praia da Rocha, com Armação de Pera, com Albufeira, repete-se agora em Vilamoura.
Os excessos pagam-se caro, e o que está a acontecer no Algarve, é fruto dos excessos. 
Ao menos já alguém devia ter aprendido alguma coisa, com o passado daqueles locais.
Nem o Governo várias vezes alertado para esta situação, tomou nota e fez o que quer que seja para o evitar.
É que afinal isto não é nada de especial, é apenas mais uma repetição do mesmo...

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Portus Calem - Porto e Gaia - O "Grande" Porto

Veio-me a vontade de escrever este texto, ao passar do lado de Gaia, numa das estradas construídas nos últimos tempos, ao lado do "The Yeatman Hotel" a ver o Rio Douro e a cidade do Porto, e ao ler tantos comentários sobre este tema, no Facebook de várias pessoas minhas conhecidas.
Ao contrário de muitos, que fazem política pelo gozo que lhes dá e pela política em si, com tudo o que de negativo/positivo se possa encontrar nela, eu o pouco que faço, é cidadania política, por um imperativo de consciência, de que todos temos a obrigação de participar na construção de um futuro melhor. 
É do alto dessa minha visão romântica e inocente da política, que vos deixo aqui uma opinião que sei que muitos de um lado e do outro, das trincheiras dessa política pela política, nunca concordarão comigo. 
Mas mesmo assim... 
Penso eu de que... Rui Rio fez um trabalho notável em 12 anos de Presidência de Câmara Municipal do Porto! Deixou a sua marca na política da autarquia em muitos aspectos do quotidiano dos portuenses. Podia ter feito melhor? Podia, mas deixou essa marca que, para o bem e para o mal, não será facilmente esquecida. 
Penso ainda de que... Luís Filipe Menezes fez um trabalho notável em 12 anos de Presidência de Câmara Municipal de Gaia! Transformou uma manta de retalhos de pequenas aldeias numa notável cidade. Podia ter feito melhor? Podia, mas deixou uma marca em Gaia que, para o bem e para o mal, não será facilmente esquecida.
Termina um ciclo no "Grande" Porto, que dificilmente nos próximos tempos se repetirá.
Creio que Rui Moreira tem no entanto a vida mais fácil, para melhorar aquilo que Rui Rio lhe deixou, até porque a fama da sua competência antecede-o. 
Já Eduardo Victor Rodrigues vai ter uma vida bem mais difícil para chegar a poder-se comparar com a herança que Luís Filipe Menezes lhe deixa.
Podemos até nem gostar dos que fazem política pela política, mas Rui Rio, Luís Filipe Menezes, e muitos outros da mesma época, estão dentro do âmbito do que se pode descrever como "animais da política", pois mexem-se muito bem no "habitat" que os rodeia.
Apesar de tudo, o trabalho de ambos será visto aos nossos olhos por aquilo que deixam, e quer um quer outro, deixam a sua marca numa cidade e na outra.
Espero de Rui Moreira um bom trabalho, até porque é dos que não fazia política pela política, e portanto ainda tem alguma da independência, inocência e romantismo que eu aprecio na cidadania política.
Já de Eduardo Victor Rodrigues, não espero muito, até porque esse sim, veio da política pela política. É que apesar de não ser um animal, como os outros dois, é um político.
Pode ser que me surpreenda. 
E eu gosto muito de ser surpreendido... pela positiva.

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

A Refundação do PPD (Parte I)

Pese embora o “R” ter carácter apartidário e supra-partidário, pauta-se pela elevada consciência política e social dos seus membros, e total apoio à participação política no âmbito dos partidos políticos ou fora deles. 
O ideal comum dos membros do “R” é potenciar uma reformulação e reestruturação do sistema político actual, segundo princípios de responsabilidade e responsabilização dos eleitos.
Atento o momento político que se vive em Portugal, a ressaca eleitoral das eleições autárquicas, a ingerência da troika e correspondente reflexo no programa e políticas do Governo e da eminência do risco social de determinadas franjas da nossa população, impõe-se, para efeitos da presente reflexão, uma análise aprofundada ao PSD.
Em 06 de Maio de 1974, no rescaldo da revolução de Abril, Francisco Sá Carneiro, Francisco Pinto Balsemão e Joaquim Magalhães Mota, entre outros, fundaram o então PPD. 
Foi entendida a necessidade de criar um partido político que se diferenciasse das alternativas existentes à data, de matriz centro-esquerda, isto é, respeitador dos direitos do cidadão, promovendo e defendendo a democracia política, social e económica do Estado de Direito.
A importância, pertinência e urgência de tais valores, aliadas ao carácter exemplar, probo e combativo dos seus protagonistas, levaram a que a sociedade civil neles se revisse e, sobretudo, neles confiasse para, sucessivamente, a governar.
Hoje, infelizmente, assim não o é. 
A ideologia e militância partidária andam de costas voltadas à sociedade civil. E utilizamos esta ordem e não a inversa, porque entendemos ser dever dos partidos acolherem aos apelos dos que os elegem e, sobretudo, dos que por eles são (des)governados. 
No caso do PSD o exemplo é paradigmático e nem sequer é recente. Não se tratando de um revivalismo, certo é que o apregoar da memória de Sá Carneiro e dos princípios da social democracia, são curtos, insuficientes e, acima de tudo, espúrios e vazios, porquanto se torna cristalino que há muito que, na prática, o próprio partido deles se distanciou. 
Acomodou-se ao epíteto de “partido de direita” e conformou-se com a ideia de alternância política com o outro partido do chamado “centrão”. 
Tornou-se mais importante chegar ao poder do que saber governar; Conseguir o voto do que o merecer; Eleger do que ser eleito; Os líderes e o protagonismo individual do que as ideologias e a força do colectivo; A militância cega, seguidista, caciquista e “moldável” do que o pluralismo de ideias, a prossecução de fins sociais, a defesa de valores.
E, pior, o mal que afecta o PSD é transversal, porque funcional, com reflexos graves, perniciosos e potencialmente irreversíveis, com epicentro nas estruturas locais.
O Porto, por tradição, sempre foi palco de mudanças e convulsões, tendo assumido a voz primeira das necessidades de mudança, lutando contra o poder instalado e personificando soluções e alternativas. Muitas vezes o fez sozinho, mas sempre de uma forma leal, responsável e consciente. 
Atento o momento – e pelas razões explicadas – impõe-se que levante novamente a voz e preconize alternativas, devolvendo o PPD aos seus valores, à sua linha programática e, sobretudo, às suas gentes.

"Qualquer poder numa sociedade moderna, deve ser hoje repartido e multiforme e quaisquer tentativas, e muitas foram feitas no passado em Portugal, para o concentrar, denotam exclusivamente incapacidade para o seu exercício. Aqueles que de facto mais poder queriam ter, sempre foram os menos capazes de o exercer.” 
Francisco de Sá Carneiro


Co-autores*:
Nuno da Costa Nata
Carlos Macedo e Cunha
José Campos e Matos
Carlos Ribeiro
Pedro Salvador
Pedro Reis de Almeida
Luís Mesquita Brito
Francisco Sanches Osório
Carla Manuel Gomes
Nuno Ribeiro
Tiago Oliveira e Silva
Miguel Martins dos Santos
Nelson Pimenta
Antero Filgueiras
Eduardo Patacho
João Miguel Vasconcelos
Miguel Lemos Pereira
Pedro Moreira dos Santos
Nuno Mariano Pego
Carlos José Batalhão
Nelson Lima
Bernardo Cifuentes
Miguel Peixoto
Nuno Trêpa Leite
Paulo Malho Guedes
Fausto Amaral
* Qualquer um dos co-autores figura em nome próprio, isto é, como independente e não como militante.

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

A Política assim é uma coisa porca e vil - Carlos Reis

"Tenho de me conter muito para não cair na grosseria, no insulto vazio ou incorrer em responsabilidade penal, com esta história dos cortes retroactivos nas pensões de sobrevivência. Com este terrorismo aos viúvos e às viúvas. 
Mas só pessoalizando e dando exemplos concretos poderei enfim dizer algo sobre esta indignidade e esta desvergonha: a minha tia, com 86 anos, recebe uma pensão de sobrevivência por ser viúva do meu tio. 
Com a sua reforma, e essa pensão, tudo junto, não receberá mais do que 700€ mensais, descontados os impostos aumentados e a taxa extraordinária. 
Cerca de 700€ para viver em Lisboa, pagar renda (que este ano lhe foi aumentada com a nova Lei) e todas as suas despesas inerentes a uma vida com dignidade. 
E há muita gente a viver com muito menos ainda. 
Ontem foi aterrorizada com mais uma notícia de corte dos seus rendimentos, sobre a imposição de uma condição de verificação de recursos, assistiu ao ar envergonhado mas trapaceiro com que o Ministro Mota Soares tentou amanhar uma explicação. 
Com ela, mais de 800 mil pensionistas mergulharam ontem na incerteza e na angústia e serão o objecto de polémicas, confirmações e desmentidos, avanços e recuos. 
Para além da imoralidade da coisa - gostava que um democrata-cristão ou um personalista ou um católico social me ajudasse a vislumbrar a moralidade e a decência desta afronta - o que choca mais é ainda a incerteza sobre quem, em que condições, em que prazos, e como, verá cortado o rendimento com que que vive. 

É o atirar assim à cara das pessoas uma enormidade destas. 

A pessoas que estão na última etapa da sua vida. 
Não sei se o Mota Soares, o Paulo Portas, e Pedro Passos Coelho, têm tias, ou avós viúvas: se tiverem oiçam-nas com honestidade. 
A Política assim é uma coisa porca e vil. 
E eu ainda não os tenho como porcos ou vis. 
Enquanto a minha Tia com 86 anos é aterrorizada com mais cortes na sua magra pensão, a Sr.ª Dr.ª Assunção Esteves, reformada milionária desde os 42 anos, presidirá ao Parlamento que lhe aprovará mais uma machadada na vida da minha Tia."
Cit. Carlos Reis

domingo, 6 de outubro de 2013

Paulo Morais - Tertúlia "Manda quem pode"

Paulo Morais - Tertúlia "Manda quem pode" - O Orçamento



Paulo Morais - Tertúlia "Manda quem pode" - Os Deputados



sábado, 5 de outubro de 2013

Porque não se consegue mudar o país!

Negócios da Semana 02-10-2013
A sensação de que - são sempre os mesmos a pagar a crise - tem uma base real: os lobbies continuam bem instalados no nosso país e alguns até estão a ganhar com a situação.
A oposição que está a ser feita pelos grupos de interesses aos cortes combinados com a Troika e, em geral, às reformas estruturais da economia, estão a impedir as reformas de fundo que a Troika exigiu e os portugueses exigem!!!
José Gomes Ferreira em estúdio com: Gustavo Sampaio - Jormalista/ Autor do livro “Os Privilegiados”; Carlos Barbosa – Presidente ACP; Henrique Neto – Empresario.

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Reflexão sobre o PPD/PSD

Partilho convosco um pequeno texto/documento que em tempos fiz (Maio de 2008, mas que apesar de tudo mantêm-se muito actual), sobre Portugal e o papel que o meu partido (PPD/PSD) podia e devia ter nesse futuro. Hoje que se discute, mais que nunca na história recente, o futuro de Portugal e dos partidos em democracia, penso que este documento ganhou um interesse maior em ver a luz do dia. Aqui fica para reflexão de quem aprouver...

Estratégia Portugal Futuro

Disrupção para o PPD/PSD e para Portugal
“Abrir os olhos aos militantes e aos Portugueses”

História de Portugal
Portugal inicia a sua história entre antigas nações europeias, cujas origens remontam ao início da Idade Média, e que se tornaram grandes potências durante a Era dos Descobrimentos, dispondo de um vasto Império.
Portugal promoveu a cultura e o empreendedorismo, e deu, na expressão de Camões, “novos mundos ao mundo” ao iniciar a expansão universal da Europa, promovendo o comércio global.
Portugal é uma potência mundial até perder o estatuto e reconhecimento, devido à política dos reis da dinastia filipina (1580-1640), ao Terramoto de 1755, à ocupação durante as Guerras Napoleónicas, e à independência do Brasil em 1822 como colónia.
A partir de 1755, o Marquês de Pombal promove reformas política, económicas e educacionais que revolucionaram o país, criando o conceito de estado que cobra impostos e presta serviços públicos, lançando os primórdios da função pública.
Nunca mais Portugal foi o mesmo, e se a nova Lisboa nasce nesse período e perdura até aos nossos dias, Portugal inicia o processo do centralismo administrativo.
O Séc. XIX é o de disputa entre diversas tendências e teorias político administrativas, que perduraram até à implantação da República, já no Séc. XX.
Foi também o início do fim do Império Ultramarino, com a independência do Brasil.
A revolução de 1910 iria depor o regime monárquico e, após 16 anos de república parlamentar instável, o país foi governado por Salazar (durante 48 anos), período durante o qual Portugal ainda mantém o seu Império Ultramarino (até após o 25 de Abril).

Portugal Hoje
Em 1974, a ala política de esquerda liderou o Revolução dos Cravos, procedendo a grandes reformas, permitindo a independência das colónias africanas, entregando-as aos movimentos de esquerda dessas províncias.
Actualmente, Portugal é um dos membros fundadores da NATO e pertence à União Europeia (incialmente designada por Comunidade Económica Europeia) desde 1986.
Com o 25 de Abril dá-se a última grande reforma política portuguesa com a implantação de um modelo de partidos democráticos, que usam o estado para crescer e se consolidar, através do exercício do poder político.
Partidarizou-se o estado para poderem-se colocar lá os “boys”, atribui-se privilégios de controlo do espaço público, e garantiu-se o monopólio da acção política aos partidos de eleitores em detrimento dos partidos de militantes.
Implementaram-se mecanismos de controlo que tinham uma função “construtiva” no inicio, mas que tem hoje efeitos perversos e geram a crise da representação que vivemos.
Alguns desses mecanismos de controlo – impedimento a listas de independentes para a Assembleia da República, ou aos eleitores de escolherem a ordem de nomes dentro das listas apresentadas – já tiveram o seu tempo e hoje devem ser repensados de modo a permitir maior papel dos eleitores nas formas da sua representação.
Os partidos em geral perderam a confiança da população, perderam a base partidária e eleitoral de apoio e têm cada vez menor influência social, em que o fenómeno da abstenção crescente em eleições é o seu mais evidente reflexo.
Precisam por isso os partidos reformar e modernizar o país, bem como revitalizar a nossa política, têm de voltar a ter Portugal dentro de si, deixando de ser partidos do Portugal do Passado e passar a ser partidos do Portugal do Futuro.

A História do PPD/PSD
O PPD/PSD foi fundado numa sólida formação política, com base na doutrina social da Igreja, no conhecimento da social-democracia europeia ao modo alemão e nórdico, e na experiência portuguesa da “ala liberal” do marcelismo.
Tinha preocupações com os direitos cívicos, com a pobreza e o atraso da sociedade portuguesa, olhava para a Europa comunitária como um modelo.
Os seus militantes na sua maioria, como era típico da elite política de um país pobre e pouco desenvolvido, advogados e juristas, e começou a recrutar as suas “bases” entre os notáveis e “homens bons” locais, entre os pequenos empresários e comerciantes, na altura alguns dos sectores mais dinâmicos de Portugal.
A classificação do PPD/PSD surge como partido dos “self made man”, gente independente do estado, que tomava conta da sua vida e que queria “progredir”.
A estes juntaram-se jovens que nas escolas defrontavam a hegemonia comunista e esquerdista, e que, mais tarde, vão começar a fazer variar a composição profissional do partido, com mais engenheiros, mais economistas, mais médicos.
O PPD/PSD apelou ainda a economistas e gestores e aos “negócios”, crescendo por cima e por baixo, em quadros e experiência, abandonando a precariedade inicial e transformando-se num grande partido nacional, alternando no poder com o PS e começando infelizmente a parecer-se cada vez mais com este.
O PSD deixou de ser PPD, tornando-se cosmopolita, acomodado, burguês, complacente, inactivo, não representativo, dirigista, centralista, caciquista, seguidista e incapaz de se manter fiel aos seus princípios.
Na sua esfera cada vez mais rodaram interesses que destroem a própria essência do ser PPD, levando-nos a questionar se ainda existirá partido durante muito mais tempo.
O PSD está e vai ter enormes dificuldades para voltar à governação (em Maio de 2008) e para manter o papel do partido na vida política portuguesa.
Há que trazer o mérito profissional e social reconhecido de fora para dentro do partido, e deve ser esse o mecanismo fundamental de início das carreiras políticas.
Há que promover uma ruptura com a “vida” que o partido leva e dar um contributo para o debate do futuro do partido.
Há que demarcar-se, não só em termos políticos como ideológicos e na reflexão sobre o partido, do passado recente do PPD/PSD e ir buscar as referências originais do partido.

Estratégia para Futuro
Transformar Portugal e o PPD/PSD, promovendo os valores sociais que presidiram à sua criação.
Promover a responsabilidade do indivíduo na sociedade, identificado com o meio que o rodeia, mas sobretudo na família que é o garante da existência da sociedade.
Promover a seriedade, a integridade e a honestidade pessoal e colectiva como valores absolutos.
Promover a solidariedade inter-social e inter-geracional, a justiça social e económica, a prosperidade e a modernidade.
Apostar novamente na política ao serviço de Portugal e não em Portugal ao serviço da política e dos políticos.
Definir medidas para a renovação do país e metas concretas a que o país se devia propor alcançar.
Recuperar a confiança dos portugueses e o orgulho histórico nacional, dando uma nova esperança aos portugueses, transformando Portugal num «país mais arejado, mais alegre».
Promover as 3 Reformas Fundamentais para Portugal:
- Reforma Político-Administrativa e do Ordenamento do Território (Descentralização Norte/Sul e Interior/Litoral)
- Reforma da Educação para uma sociedade rica no conhecimento e respeito dos indivíduos e da nossa orgulhosa história
- Revolução na Justiça, de forma a tornarmos o país mais competitivo e mais justo
Melhor estado, apostando nas funções de soberania, regulação e fiscalização, criando mais oportunidades para os portugueses.
Diminuir a macro-cefalia da capital, tornando mais competitiva a economia, e promovendo a descentralização dos poderes (governativo, legislativo, jurídico e económico).
Tornar o partido mais aberto à sociedade, promovendo a entrada de sangue-novo (mais militantes) e a participação dos militantes mais activamente na vida do partido.
Tentar também cativar os simpatizantes, através de medidas como a votação para cargos nacionais através de directas abertas a militantes e simpatizantes, e através de primárias na escolha de candidatos para cargos de eleição nacional, autárquica ou europeia, como por exemplo Deputados à Assembleia da República, Presidentes de Câmara e Deputados do Parlamento Europeu.

domingo, 29 de setembro de 2013

O Porto e a Independência Política em Portugal

Hoje o PORTO mostrou que é diferente!

A cidade que tem cognome de invicta, muy nobre e sempre leal, é-o porque sempre foi assim, livre, independente, com capacidade para decidir por si própria o seu futuro e sem se deixar levar por outras ideias mais de grupo ou de moda, impostas de fora. Foi assim em 2001 e agora em 2013. Foi assim ao longo de séculos, antes disso.

Eu sinto-o bem na pele, pois coerentemente com a minha defesa da Adesão aos Partidos, tive de aceitar que o candidato do meu partido fosse um candidato que tinha um perfil diferente do que eu desejava. Porque se defendo a democracia, tenho que aceitar que umas vezes perdemos outras ganhamos. Mas é fácil falar depois de saber os resultados... mais à frente direi algo sobre isto.

Independentemente de outras leituras que se farão nos próximos dias, fica claro que Rui Moreira como independente consegui uma grande votação: Parabéns!
Houve mais independentes noutras autarquias que conseguiram ganhar, estão eles também de parabéns. E no entanto gostava que se tirasse proveito disto a nível nacional, e que os portugueses de uma vez por todas percebessem que temos de mudar o sistema político português, para podermos ter mais independentes na nossa vida política, com naturalidade a surgirem mesmo para outras funções. 
É que estas votações só são possíveis porque as eleições para Presidente de Câmara são uninominais e não em lista partidária. Enquanto não conseguirmos mudar isso a nível nacional, nada há a fazer. Enquanto a escolha dos candidatos a cargos políticos não seja feita em eleições primárias, continuaremos a ter pessoas colocadas lá, pelos tachos, pelas amizades, pelas conveniências.

Só que uma mudança dessas obriga a que os principais partidos do arco do poder aceitem mudar isso, e eu só acredito que eles "largam" um pouco do poder que têm, se muitos dos portugueses independentes de cargos e tachos partidários, se filiarem nos partidos, para obrigarem os ditos a mudar as coisas pela força dos votos.
Ideias que temos vindo a defender e que cada vez mais temos de defender, como estas que um conjunto de pessoas que acreditam na Adesão em massa aos partidos políticos, apresentamos num passado recente:


Mas só com centenas ou mesmo milhares de portugueses a invadirem os partidos, haverá uma "onda de mudança" que permitirá aos portugueses reganhar o direito de serem independentes, de votarem independentes e naqueles em que mais acreditam.
Rui Moreira podia ter sido o candidato do PSD no Porto, e não foi porque a concelhia em plenário decidiu com a votação dos militantes presentes, que o candidato teria que ter um perfil como o de Luís Filipe Menezes e não como o de Rui Moreira. Não houve eleições primárias para escolher o candidato. Se houvesse eleições primárias talvez o candidato escolhido tivesse sido o segundo. Hoje viu-se que se o perfil escolhido fosse o segundo, provavelmente este teria ganho com maioria absoluta as eleições à Câmara do Porto. Isso só poderia ter acontecido se mais militantes pensassem de outra forma no actual sistema político. É também uma lição aos actuais militantes.

São lições destas que os partidos tem de tirar em noites como a de hoje, mas é sobretudo uma lição do poder que os portugueses têm, se tiverem vontade de mudar as coisas.

Centenas ou mesmo milhares de pessoas que conheço do Porto, associaram-se à candidatura independente de Rui Moreira à CM Porto. Muitos milhares os seguiram e votaram massivamente nas suas ideias e no seu projecto. Já em tempos Rui Marques criou o MEP - Movimento Esperança Portugal, que contou também com o apoio de milhares e votações de mais de 50 mil portugueses.
Falta por isso que os portugueses, sobretudo os mais informados, com acesso a mais e melhor informação, aqueles que hoje apoiam candidaturas como as de Rui Moreira, tenham uma percepção clara de que para mudar o sistema político português, vai ter de ser por dentro. Para que mais independentes apareçam temos de conseguir mudar o sistema político e para isso temos de ter mais militantes independentes dentro dos partidos. Esse deve ser um desígnio de todos estes portugueses, com o objectivo claro de mudar o sistema político português. 
Aproveitemos o momento e como dizia Saul Bellow, "Seize the Day"!


PS: Aos que (como eu) hoje perderam, Parabéns por irem à luta. Parabéns ao Luís Filipe Menezes. Parabéns ao Ricardo Almeida. Parabéns a tantos outros que deram a cara pelos projectos em que acreditaram, mas que viram os seus projectos serem derrotados pelo voto dos seus concidadãos. É que sem os derrotados a democracia não existia! A nossa democracia deu hoje um sinal claro, que pode estar a chegar a uma maior maturidade. Deixo também uma crítica aos que não votaram. Foram 4.337.379 de eleitores que não votaram de um total de 9.159.967 inscritos, quase 50% dos eleitores. A democracia ressente-se da vossa falta. Quantos mais participarem, melhor para Portugal, melhor para os portugueses. Por último parabéns a todos os que foram votar, pois foi o vosso voto que decidiu o futuro autárquico de Portugal, para os próximos 4 anos. Viva a Democracia! ;-)

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

A...normalidade de Crato

Crato diz que ano lectivo arranca com normalidade.
Conclui-se que Crato não sabe o significado da palavra normal, ou acredita que os portugueses são a... normais.
Mas vamos-lhe explicar o que é normal.
Num país normal o que se está a passar com o concurso de colocação dos professores contratados, era razão suficiente para o Ministro da Educação se demitir.
Mas isso era num país normal.
Em Portugal, país do TGV sem dinheiro, do BPN dos amigos, das PPPs com rendas absurdas, dos Submarinos com pagamentos duvidosos, dos Outlets em Reservas Ecológicas Nacionais, …se calhar poder-se-ia considerar isto normal, mas de facto não é.
Ter milhares de professores, centenas de milhares de alunos e encarregados de educação, por isso milhares de famílias, penduradas por não saberem quem vão ser os professores escolhidos para ocupar as poucas vagas que ainda não foram preenchidas, não é normal!
Ter um ministro que quando lhe perguntam quando vão ser colocados os professores que faltam, responde com um sorriso, que se depreende pela expressão fácil, era de gozo, bonacheirão (veio mais gorduchinho das férias), a dizer que dentro de dias, sem especificar quando, mostra bem a irresponsabilidade deste senhor e a leviandade com que encara um dos cargos mais importantes da nação: Ministro da Educação!
A educação é primordial para o nosso futuro colectivo como nação. Ter um ministro que responde assim "a gozar" sem denotar um mínimo de preocupação pelos alunos, encarregados e professores, mostra bem a falta de respeito que existe dos titulares de cargos públicos da mais alta responsabilidade, para com o desempenho das suas funções.
O mais preocupante, é que dentro de 20 ou 30 anos, um produto desta escola que este senhor está a "estruturar", que se poderá chamar Crato também, poderá ser Ministro da Educação, mas estará tão mal ou provavelmente pior preparado para o ser, que o actual Ministro.
E não há ninguém que lhe diga isso?
Nem o Sr. Primeiro Ministro... ou também está a dar "passos de Coelho"?   
Isso sim seria normal, levar um "puxão de orelhas" do chefe... até porque a imagem do Governo nisto tudo, sai muito mal tratada...

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Professores Contratados com Governos PSD no Estado Português

Declaração de interesses:
1 - Sou militante PSD.
2 - Sou casado com uma Professora Contratada há 14 anos!
3 - Fui emigrante e vivi no Reino Unido e em Espanha.

Esclarecido isto... digo:
A situação dos Professores Contratados em Governos PSD e no Estado Português é uma vergonha! 
Já no Governo de Durão Barroso a colocação dos Professores Contratados, falhou redondamente porque o Min. Educação contratou uma empresa de software com fortes ligações ao PSD.
Este ano qual é a desculpa?
Uma vergonha, repito! 
Pelas minhas contas (feitas por baixo) há mais de meio milhão de portugueses dependentes desta situação, entre Professores, Encarregados de Educação, Alunos, Familiares, etc... com a ansiedade que é gerada por esta altura, em mais de 5% da população.
Em Inglaterra, onde vivi algum tempo, os Professores sabiam quase um ano antes onde iam ser colocados.
Aqui sabem no dia útil anterior a terem de se apresentar na Escola.
O stress para os alunos é inacreditável que não sabem se vão ter o mesmo professor do ano passado, ou vão ter outro.
A minha mulher tem recebido inúmeras mensagens dos pais dos alunos a quem deu aulas o ano passado, a saberem se ela sempre fica novamente com a turma.
A verdade é que é 99% impossível, mas ela não lhes quer dizer isso, e então vai dizendo que ainda não saíram as colocações.
Quando se souber que ela não lhes vai dar aulas, imagino a tristeza e os problemas que isso vai trazer.
A dificuldade que o novo Professor irá ter para conseguir voltar a motivar os alunos, que adoraram a Professora do ano passado.
Chegou ao ponto de fazerem uma carta ao Agrupamento de Escolas e ao Ministério a pedir para a Professora ficar...
Esta é a realidade triste de milhares de alunos, pais e professores, que este ano mais uma vez vão ficar desempregados, colocados longe de sua casa, preocupados em saber quem vai ser o novo professor, inadaptados aos novos métodos de ensino do novo professor.
Não era Nuno Crato o grande defensor da melhoria dos métodos pedagógicos de ensino? 
Era isto que estava a pensar?
Não entendo onde encaixa isto na grande estratégia das coisas...
E que dizer deste estado, que promove legislação para evitar a precaridade do emprego, promovendo a entrada nos quadros após 3 contratos a prazo em qualquer empresa que contrate alguém por mais que três contratos sucessivos, e que procura garantir uma indemnização justa, quando o empregador tem de mandar alguém para o desemprego, e no entanto permite que no seu seio, mantenha em situação de professores com contratos a prazo por mais que 3, 4, 5, 10, 15, 20, 25 ou mais, sem promover a entrada nos quadros?!?!
IMORAL! VERGONHOSO! INACREDITÁVEL!
Não se pode aceitar esta situação no Século XXI!
Mesmo alguém como eu, que tenho uma visão liberal da economia, se bem com um preocupação social importante, não posso em seriedade aceitar que esta situação se mantenha.
Há já uma Directiva da União Europeia - Directiva 1999/70 - e uma Recomendação do Provedor de Justiça, e várias notícias sobre o assunto, e mesmo assim o Ministério continua a abusar da situação.
Alguém tem de por termo a isto de vez!
Num Estado que se diz de Direito, esta situação não pode continuar.
Espero sinceramente que seja rapidamente corrigida esta situação e que estes Professores, não tenham mais que viver tantos anos, debaixo de um manto de ilegalidade imoral, promovida por quem tem obrigação máxima de dar o exemplo.
Aguarda-se...

sábado, 7 de setembro de 2013

Menezes, Moreira e Cidadania na Democracia!


“Se Menezes vencer, o Porto estará condenado à ingovernabilidade” diz uma pessoa que muito me habituei a admirar: Rui Moreira.
Eu até vejo o porquê de dizer isto, atendendo ao passado de Luís Filipe Menezes em Gaia (que para mim tem muito de mau, embora na minha opinião tenha muito mais de bom).
Mas tenho umas perguntas que gostava de ver respondidas pelo candidato Rui Moreira: se Luís Filipe Menezes começar a fazer "asneiras", eu dentro do PSD, tenho forma de o combater. Se o Rui Moreira fizer o mesmo, como o posso combater a si dentro do sistema político democrático em que vivemos? Não me diga na Assembleia Municipal, que eu não sou candidato a lugar nenhum nestas eleições, e por isso não terei assento na mesma.
E se eu tenho lutado estes anos todos para mudar a democracia em Portugal, pedindo aos cidadãos que se juntem ao "Adere, Vota e Intervém dentro de um Partido. Cidadania para a Mudança." em que medida é que as candidaturas independentes como a sua, podem contribuir para a mudança que se pretende? Tem de me ajudar, pois não estou a ver como.
Muito admiro a coragem que teve de se candidatar, mas ao ser "independente", afastou-se do eixo principal da democracia. O Rui não foi à luta dentro do sistema democrático. Fez um atalho, e candidatou-se directamente. Só posso ver isso como positivo, na minha visão da "demos cracia" como ela tem de ser, representativa, se o seu movimento independente der lugar a um partido, onde naturalmente muitos de nós caberíamos, pois só agregando as pessoas numa "demos" podemos efectivamente escrutinar a actuação política de quem representa este grupo de pessoas. Senão, não passa de ser um independente (como Manuel Alegre e outros que tais), e nunca congregará os esforços daqueles (que são muitos) que pensam como o Rui.
E por último, o título da sua entrevista ao ser o que está na primeira linha deste pequeno texto que lhe escrevo, diz-me que falou mais do seu principal adversário (porque provavelmente acha que ele é o mais bem colocado para ganhar, como dizem as sondagens), do que das suas ideias para o Porto. Eu conheço-o bem, e sei que tem boas ideias, e com certeza terá boas propostas para a cidade. Mas a mensagem que tem passado é a de um ataque pessoal cerrado ao Luís Filipe Menezes. Nada de ideias para o Porto sai na comunicação social. Esta semana os membros directos e indirectos da sua campanha, pareciam cães raivosos a atacá-lo. Não me parece uma grande estratégia. Mas quem sou eu, com certeza terá grandes experts a apoiá-lo na elaboração do conteúdo da sua campanha. Penso que Luís Filipe Menezes nesse aspecto tem feito uma campanha mais positiva, apresentando ideias para o Porto constantemente e em catadupa, o que para ele também pode estar a ser contraproducente em algumas áreas de eleitorado mais escrutinador
Independentemente disso desejo-lhe boa sorte, e se ganhar que continue a fazer o seu trabalho com as qualidades que sempre lhe reconheci, tenho pena é que mais uma vez os cidadãos do Porto, se mantenham à parte do sistema político constitucionalmente consagrado, para promover as mudanças que precisamos.
Mas isso é outra conversa, e estou certo que com o tempo lá chegaremos.
Só para terminar dizer-lhe que tenho pena de não poder votar em sí, mas como saiu fora do sistema político, saiu fora do modelo democrático em que eu desempenho a minha cidadania activa. Não o critico por isso, e compreendo bem porque o fez, mas se eu defendo uma coisa, não posso ser incoerente com o que defendo. Defendi a seu tempo, que gostava de o ver a si como candidato do PSD. Na altura não fui apoiado por nenhum dos que hoje, dentro do PSD, se colaram à sua candidatura. Tenho pena, talvez as coisas fossem diferentes hoje, e o PSD do Porto estaria hoje em condições de estar a disputar a maioria absoluta. Assim ficamos com uma disputa dividida, e em que as posições estremadas que temos ouvido, mostram que muita gente dentro do PSD acordou tarde, e possivelmente tem menos capacidade do que pensavam, para levar de vencida pela força das ideias e das pessoas, uma candidatura dentro do PSD.
Eu por isso, apoio Luís Filipe Menezes, e não me revejo no ataque baixo que tem vindo desses membros do PSD que o acompanham e que mais parecem estar "ressabiados", por saberem que vão ser afastados dos lugares que até agora ocupavam, e que vão ter de procurar "pouso" por outras andanças.
Meu caro Rui, não se admire que logo após as eleições comece a receber candidaturas para alguma das suas empresas ou à associação a que preside, de algumas dessas pessoas, que vão ficar "desocupadas".
Receba um abraço, Carlos Macedo e Cunha.



sexta-feira, 6 de setembro de 2013

As reformas dos 3 ex-Presidentes da REPÚBLICA!

São "FIGURÕES" como alguns destes, que nos conduziram à triste situação que estamos a viver e que ainda por cima se continuam a apresentar como "GRANDES DEMOCRATAS".


A pergunta que se põe perante estes dados é: Porquê a diferença ? Não se consegue entender porquê o ÚNICO Presidente da República Eleito, DECENTE, que este desgraçado Portugal teve desde 1974, ganha quase 10 vezes menos que os outros que, se também fossem Decentes, não aceitariam esta incompreensível discrepância.

Quanto custa aos PORTUGUESES a reforma de 3 ex-Presidentes da REPÚBLICA?

Os ex-Presidentes da República ( General Ramalho Eanes), D. Mário e D. Sampaio recebem de reformas 1 MILHÃO de EUROS/Ano, distribuídos da seguinte forma:

    General Ramalho Eanes................... €  65.000/Ano
    D. Mário "El Sacador" ...................... €  500.000/Ano (fora a Fundação !!!)
    D. Jorge Sampaio“El Oportunista”... € 435.000/ano  (fora cargos da ONU e Fundação em Guimarães)

Se o general pode viver com €65.000/ano, estes civis que se dizem socialistas e democratas, também.

Também lhes vão cortar nas reformas?????
Também lhes vão aumentar os descontos???
Vão devolver os subsídios de férias e natal que receberam e os rascas dos portugueses não????

Onde está a Democracia e a igualdade????

Há que denunciar isto!!!

PS: Origem de email a circular na internet.

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Os 2 objectivos da Partidocracia!


Os partidos conseguiram sempre trabalhar muito bem 2 objectivos estratégicos na relação com os cidadãos: 
1 - ter o seu voto massivo e com isso ter o seu dinheiro via subvenções do Estado;
2 - tê-los bem fora dos partidos para que os que dominam os partidos, não tenham o seu poder beliscado.
Alguém alguma vez viu uma campanha de um partido a apelar à filiação?
Adere, Vota e Intervém dentro de um Partido. Cidadania para a Mudança.

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Os Deuses e as gentes do Porto (a propósito da entrevista de Rui Rio)

Qualquer  miúdo de quinze anos sabe que uma equipe se começa a construir de trás para a frente, quanto mais não seja por ouvir o argumento repetido ad nauseam pelos treinadores, quer os de bancada, quer os encartados, e jornalistas desportivos. O 6 é, comummente, referido como o pêndulo de uma equipa – o que tem por missão destruir as ofensivas contrárias e começar a organizar o ataque. É, no plano táctico, um dos, senão o, jogador mais importante do conjunto. O que se lhe pede (e não é pouco!) é que seja certinho, eficaz, previsível (no bom sentido). Não se lhe exigem lances de génio, dribles estonteantes, desmarcações visionárias e golos impossíveis – esses estão reservados para os artistas, com os 9 e 10 no dorso.
Os primeiros podem ser deuses pela sua omnipresença; os segundos, quando o são, são-no pela sua intangibilidade.
Pese embora a condição cósmica de ambos, certo é que Júpiter, Marte ou Vénus sempre colheram mais acólitos que Ceres, Concórdia ou Lares. Os Messis, Ronaldos ou Maradonas sempre gozaram de mais fama, protagonismo e adeptos que os Redondos, Paulos Sousas ou Roys Keanes. O público vai ao estádio confiando na segurança, raça e capacidade de abnegação dos segundos, para vibrar, delirar e se deleitar com a imprevisibilidade, a genialidade e singularidade dos primeiros.

Serve o introito futebolístico para discutir a entrevista de Rui Rio da passada semana. Rio é um 6! Um excelente 6, um dos melhores a nível mundial, daqueles que terá um lugar na História, mas com o complexo matemático que a subtracção por 3 ou 4 lhe impõe. Jamais será um 9 ou um 10. Jamais será a estrela maior. Jamais será um Júpiter.
Nenhum mal adviria de tal facto, tivesse Rio a capacidade para aceitar o que a sua mesquinhez não permite. Conforma-se com o facto de ser um 6, mas convive mal num universo onde existem 9 e 10. Não percebe e não concebe os aplausos para os outros. Não percebe e não concebe que àqueles esteja reservado o carinho dos adeptos, o vibrar das bancadas, a loucura, o sonho… E, pior, não percebe nem concebe como é que qualquer mortal os sente como um prolongamento de si, como parte da família, como se também lhes pertencessem...
Do alto da sua sobranceria esculpida no granito do Porto Rio não percebe, não concebe e não aceita que o mesmo povo que lhe deu consecutivas maiorias esteja na disposição de hipotecar o rigor táctico que conferiu durante doze anos à equipe, pela possibilidade de ver um génio em acção, pelo de desejo de viver o risco, a imprevisibilidade…

Rio, de facto, nunca percebeu as gentes do Porto. Nunca desceu do Olympum para curar de entender que dentro das muralhas da cidade, há todo um pulsar próprio das gentes, um fervor de sangue, o desejo de conquista e o sonho do impossível. E por não perceber isto, Rio convive mal, muito mal, com a decisão que, em última instância, ao povo cabe. Esse “povo” tão esclarecido que era quando lhe deu maiorias consecutivas e que ele agora pretende (re)educar!

A entrevista de Rio é, pois, deplorável a vários níveis. Primeiro, porque motivada por ódios pessoais. Segundo, porque resulta da inveja, da tacanhice e da insegurança de que pode perder o protagonismo para um outro Deus. Terceiro, porque demonstra uma clara falta de respeito, de educação, de tolerância e de aceitação das escolhas e directrizes de um partido do qual optou (e opta!) por fazer parte. E quarto, porque reduz a pluralidade democrática e a soberania popular aos seus ditames e conformidade (ou conformação?) com as suas opiniões.

Rui Rio lançou mão da expressão “Democracia adulta”. Duas coisas que ele não soube ser durante a referida entrevista: nem democrata, nem adulto! Esse FDP (e aqui a sigla é utilizada na acepção de Fanático Dos Pópós, e não qualquer outra) entendeu que poderia (e deveria!) condicionar o sentido de voto tripeiro como se o Porto fosse a sua coutada. E que poderia (e deveria!) fazê-lo com ataques soezes, pessoais e pessoalizados, olvidando o respeito pessoal e institucional e inanindo o dever de solidariedade partidária, sobretudo num momento tão débil para o Governo e o seu partido. E demonstrou toda a sua ingratidão quando “esqueceu” que foi secretário geral desse mesmo partido, na direcção do Prof. Marcelo, por sugestão do Dr. Menezes.

Essas invectivas televisivas em horário nobre provocaram reacções diversas no público. Entre o asco, a crítica assertiva e o costumeiro e tabescente seguidismo, houve uma adjectivação tripeira que ecoou repetidas vezes: “É preciso ter tomates para se dizer uma coisa destas”. Lamento contrariar, mas os estiletes de língua raramente provêm da região subabdominal. In casu, impõe-se a demonstração da apagogia.
Há dias escreveu Joaquim Carlos Santos, no seu blogue “aventar”, uma crónica de título “Um conas chamado Rio”, usando o epíteto como expressão idiomática da profunda urbe tripeira. Ora, por definição, a “cona” pauta-se, entre algumas características próprias, pela exacta ausência de tomates ou, concedendo, pela ausência de tomates próprios já que, com maior ou menor frequência pode gozar da proximidade de tomates de terceiro. Daí que, os usuários da expressão tendam a confundir topete e temeridade com tomates.

Rio não percebeu as gentes do Porto. Rio não percebeu as regras de uma democracia que não a sua. E Rio não percebeu que Menezes não é seu adversário. É candidato a suceder-lhe porque o seu ciclo terminou. E não como um 6, mas como um 10…

Nuno da Costa Nata
Agosto 2013   

sábado, 3 de agosto de 2013

SWAPs explicados! A não perder! Vejam o vídeo! ;-)


O texto é tirado daqui: "O que vos chama particularmente a atenção? A mim, mas se calhar é só a mim, chama-me especial atenção o valor dos contratos celebrados pela metro do Porto e as suas perdas potenciais (os do STCP também são particularmente interessantes: as perdas potenciais são "apenas" o dobro do valor dos contratos). Não é por isso surpreendente que seja nesta empresa que se encontravam alguns dos contratos swaps altamente especulativos que foram assinados por gente irresponsável e que ditaram o seu afastamento do Governo (nota: que existam perdas potenciais em quase todas as empresas, dada a evolução dos juros, é normal, e diga-se que os swaps, ao contrário do que leio e oiço, não são um instrumento de obtenção de lucros: dito isto, olhem para o rácio valor dos contratos/perdas potenciais feitos pela Refer, por onde passou Maria Luís Albuquerque, e talvez fiquem com uma ideia das responsabilidades dela). Feito este enquadramento, na RTP, acabo de ouvir Rui Rio a malhar forte e feio na ministra Maria Luís Albuquerque e é impossível dissociar isso do afastamento do engenheiro Juvenal Silva Peneda do Governo (sim, é irmão do outro), sendo que este partilhou com Rio presença no Conselho de Administração da Metro do Porto (e também passou pela STCP). Rio, aprendendo com Daniel Oliveira, acrescentou mesmo que Maria Luís está ligada a swaps em tudo iguais aos associados ao engenheiro Juvenal Peneda. Então não está, é que é só olhar para o gráfico."

E vejam esta entrevista de Mário Crespo a Cantiga Esteves.
Fica muito claro quando se começou a desorçamentar o estado, por via dos SWAPs nas EPs, "batotice" feita com os Swaps, que se fossem utilizados de forma normal protegem as empresas, que foi feita pelo Santo Sócrates e os seus 40 Ladrões, e que prejudicou gravemente Portugal!
Agora se compreende o desviar de atenções constante permanente com a questão da Ministra e do Secr. Estado. Quem virá a seguir?  ;-)

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Portugal Além-Mar e os Políticos dos últimos 40 anos

Nos últimos tempos visitei o Convento de Mafra e o Palácio Nacional de Ajuda, dois exemplos do grande esplendor que o império português de além-mar atingiu.

(imagem do Galeão português "Botafogo" na conquista de Tunes)
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=547580678638305&set=a.456291014433939.108929.456280941101613

Enquanto visitava Convento de Mafra, fiquei impressionado pela escala, pela dimensão, pela grandeza, pela opulência, pela riqueza, pelo detalhe, tudo proveniente do império que os portugueses souberam construir no além-mar.
No Palácio Nacional da Ajuda ao ver a exposição de Joana Vasconcelos, fiquei com pele galinha ao ver as pinturas e gravuras existentes no Palácio, que lembram os tempos de grande bravura dos portugueses no além-mar.
Lembrei-me das Naus, das Caravelas, da Armada Invencível (essa história está mal contada), do armamento português, das Feitorias, dos feitos, das descobertas...
Lembrei-me que até à década de 80, e mais concretamente até à entrada na CEE em 85, as nossas frotas pesqueira e mercante, eram das maiores da Europa e do Mundo.


E depois lembrei-me de Cavaco e dos políticos que nos têm governado nos últimos 40 anos, e lembrei-me das auto-estradas e do fim das frotas marítimas e da morte das linhas de comboio, e... com isso, todo o gosto que estava a ter a visitar a exposição, foi interrompido por enjoo enorme ao pensar nesses políticos.
Claro está que não sou homem para ficar enjoado muito tempo, e por isso segui em frente, e hoje cá estou eu para contar tudo isso, com um sorriso na cara... mas com vontade redobrada de perder uns minutos a escrever isto e procurar umas imagens bonitas para acompanhar, quanto mais não seja para partilhar isto.

domingo, 7 de julho de 2013

quarta-feira, 26 de junho de 2013

ADERE, Vota e Intervém - Next Left e os movimentos sociais.

Deixo aqui o link da intervenção do João Nogueira Santos na Conferência "Next Left e os movimentos sociais: Por um novo contrato social!".

Em 9 minutos explica que não faz qualquer sentido os cidadãos porem-se de fora dos principais debates e escolhas dos partidos, que quem mais perde são os próprios cidadãos e a democracia, que os partidos tem de mudar para se tornarem mais "usáveis" pelos cidadãos (e não algo em que só profissionais da política sabem operar) e por ultimo, ficou uma proposta: prever no código de trabalho 1 a 2 dias de licença por ano, para participação em reuniões e conferencias políticas, sejam de partidos ou outras organizações. 

Partilhem e desafiem os vossos amigos a verem. Este é um debate que interessa a todos.


quarta-feira, 19 de junho de 2013

INSPIRAÇÃO



Um homem inspiracional para todos nós...





George Papandreou: Imagine a European democracy without borders


TED TALKS

Greece has been the poster child for European economic crisis, but former Prime Minister George Papandreou wonders if it's just a preview of what's to come. 
“Our democracies," he says, "are trapped by systems that are too big to fail, or more accurately, too big to control” -- while "politicians like me have lost the trust of their peoples." How to solve it? Have citizens re-engage more directly in a new democratic bargain.
George Papandreou draws on lessons learned from the Greek debt crisis as he helps guide the EU through difficult waters.
George Papandreou, a third-generation scion of Greece’s defining political dynasty, entered the global spotlight with his attempts to re-invent his country during the darkest hours of the European debt crisis. Upon becoming Prime Minister in 2009, his government inherited a deficit that was much larger than had been reported. As PM, he implemented major changes and reforms, but was overtaken by events beyond his government's control.
Papandreou resigned his Prime Minister post in November 2011 as part of a deal to pave the way for a coalition government to restore Grecian stability, but remains a powerful figure as an MP and as President of the Socialist International.
As he says: “We do have a choice. Either we empower Europe and its citizens and become a catalyst for humanizing our global economy, or globalization will dehumanize our societies and undermine the European project. As a citizen of Europe, I vote for the first choice."


segunda-feira, 17 de junho de 2013

A Teresinha foi coadoptada


A Teresinha tinha 6 anos quando a mãe, vítima de cancro da mama, faleceu. Desde o ano de idade que vivia com a mãe, perto dos avós e dos tios maternos. Foram estes a passar mais tempo com ela, durante a doença da mãe. Acima de tudo os primos... de quem tanto gostava, e com quem brincava longas horas…
Durante estes 5 anos teve sempre um relacionamento saudável com o pai. O facto de o pai viver com um companheiro, o Jorge, nunca foi motivo de comentário. Contudo, desde os tempos do divórcio, o pai e os avós maternos ficaram de relações cortadas.
Após o óbito da mãe, a Teresinha foi viver com o pai, e com o Jorge.
Os avós maternos receberam então uma notificação para comparecer em Tribunal onde lhes foi comunicado que a sua "neta" tinha sido coadoptada pelo companheiro do pai, pelo que deixava de ser sua neta.
Foi-lhes explicado que por efeito da coadopção os vínculos de filiação biológica cessam. É o regime legal aplicável (art. 1.986.º do C.C. – "Pela adopção plena, extinguem-se as relações familiares entre o adoptado e os seus ascendentes e colaterais naturais").
Nada podiam fazer. Choraram amargamente a perca desta neta (depois da filha) que definitivamente deixariam de ver e acompanhar.
A Teresinha que tinha perdido a mãe, perdia também os avós, os tios e os primos de quem tanto gostava. Nunca mais pôde brincar com aqueles primos ou fazer viagens com o tio Zé e a tia Sandra que eram tão divertidos. A Teresinha tinha muitas saudades daquelas pessoas que nunca mais vira.
Não percebia porque desapareceu do seu nome o apelido "Passos" (art. 1.988.º n.º1 – "O adoptado perde os seus apelidos de origem").
Um dia perguntou ao pai porque mudara de nome. Foi-lhe dito que agora tinha outra família. Não percebeu e, calou… Na escola, via que os outros meninos tinham uma mãe e um pai, mas ela não.
Quando chegou aos 16 anos de idade foi ao ginecologista, sozinha. Ficou muito embaraçada com as perguntas que lhe foram feitas sobre os seus antecedentes hereditários maternos. Nada sabia. Percebeu que o médico não a podia ajudar na prevenção de varias doenças... Estava confusa. Nada sabia da mãe. Teria morrido? Teria abandonado a filha?
Até que um dia descobriu em casa, na gaveta de uma cómoda, um conjunto de papéis em cuja primeira pagina tinha escrito SENTENÇA. E leu... que "o superior interesse da criança impunha a adopção da menor pelo companheiro do pai, cessando de imediato os vínculos familiares biológicos maternos, nos termos do disposto no art. 1.986.º do C.C., tal como o apelido materno (Passos) (art. 1.988.º n.º1 do C.C.) que era agora substituído por... Tudo por remissão dos arts. X.º a Y.º da Lei Z/2013.
O que mais a impressionara naquele escrito foi o facto de que quem a escrevia parecia estar contrariado com a decisão que estava a tomar. E, a dado passo escrevia "Na verdade, quando da discussão da lei Z/2013 na Assembleia da Republica o Conselho Superior da Magistratura e a Ordem dos Advogados emitiram parecer desfavorável à solução legislativa que agora se aplica. Porém, "Dura lex sede lex". A Teresinha não percebeu...
Durante anos procurou a Família materna, em vão... Mas rapidamente consultou os Diários da Assembleia da Republica onde constavam os nomes dos deputados que tinham aprovado aquela lei que lhe tinha roubado os mimos da avó Rosa, as brincadeiras do avô Joaquim... e os primos.
A Teresinha queria voltar ao tempo destes, que são sangue do seu sangue, mas não pode porque esses anos foram-lhe usurpados. Vive numa busca incessante pela sua identidade. Se as outras raparigas da sua idade sabem das doenças que a mãe e o pai tiveram, porque é que ela não pode saber? Porque lhe negam esse direito?
Leu então num livro que "a adopção é uma generosa forma de ajudar crianças a quem faltam os pais e a família natural para lhes dar um projecto de vida. A adopção é sempre subsidiária".
E perguntou – Onde está a minha família que nunca me faltou mas, de mim foi afastada por estatuição legal e decisão judicial? A Teresa está muito triste.
O pai e o Jorge entretanto divorciaram-se… e a Teresa é obrigada a ir passar os fins-de-semana a casa do Jorge… porque a Regulação das Responsabilidades Parentais assim o ditou.

Teresinha, nós estamos aqui!

Isilda Pegado
Presidente da Federação Portuguesa pela Vida