quinta-feira, 29 de março de 2012

Orçamento de Estado 2012 by Carlos Miguel Sousa

Orçamento de Estado 2012

Receitas Correntes -  38,695 M€
Despesas Correntes - 38,304 M€
Saldo Corrente             + 392 M€

Receitas Totais -   42,036 M€
Despesas Totais - 40,981 M€
Saldo Primário -      1,054 M€

Juros da Divida -    7,330 M€ ( só ano de 2012 )
 Saldo Após Juros - (-6,298 M€ )

O Valor dos Juros Anuais de 2012, equivale a aproximadamente 25% das nossas actuais reservas de ouro.

O Valor dos Juros Anuais de 2012, equivale a mais de 50% da Receita de todos os Impostos Directos ( IRS, IRC, IMI = 14,449 M€ )

O Valor dos Juros Anuais de 2012,seria suficiente para construir a linha de TGV e o Novo Aeroporto de Lisboa.

As dividas públicas são eternas, e enquanto assim for os países endividados serão paises gradualmente mais pobres.

Não é a minha opinião. São factos. 

Dicotomia Esquerda/Direita e a "DemosCracia"


Hoje ao ler um post de um amigo que desculpava a actuação dos Governos de Sócrates e criticava os socialistas que não o defendiam, disse-lhe que a culpa era dele, pois na realidade ainda vive na dicotomia doutrinária esquerda/direita, e referi-lhe que já não me revejo há muito nessa separação.

Cada vez mais me vejo na eterna luta entre o que está bem e o que está mal.

E muito do que foi feito por todos os governos desta nossa jovem democracia, foi mal feito, indiferentemente da cor partidária, ou se é de direita ou de esquerda.

E a culpa é tanto dele, como minha, como "nossa" como povo, que deixamos que esse divisionismo alimentado de falsos apoios, caciques e da partidarização da sociedade, leve ao que hoje assistimos de uma democracia enfraquecida, pela força dos partidos, e dos seus acólitos mais activos agarrados ao aparelho do estado aos mais diferentes níveis.

Como costumo dizer, é por essas e por outras que não vivemos numa verdadeira democracia (no verdadeiro sentido da "DemosCracia" grega original), mas sim numa "partidocracia caciqueira"!

Saibamos criticar o que os "nossos" fazem de mal, e assim também elogiar o que os "outros" fazem de bem, e pode ser que realmente um dia ainda possamos assistir a uma verdadeira democracia em Portugal!


Interesting: How to DJ a Political Event



Gauging a D.J.’s success at a wedding or a bar mitzvah is easy — if there’s some indiscreet making out or full hora participation, you’ve done well. Playing a political rally is far more fraught. You can’t get the crowd too excited (it’ll distract from the message), and any missteps could end up on ‘‘The Daily Show.’’ Here, a few D.J.’s familiar with the campaign trail explain their craft.


http://www.nytimes.com/interactive/2012/02/19/magazine/how-to-dj-a-political-event.html

segunda-feira, 12 de março de 2012

Parte fixa das PPP`s fica em 50 biliões

«Parte fixa das PPP`s fica em 50 biliões» 
Avelino de Jesus diz que o custo das parcerias público privadas é incontrolável. O professor universitário participou num grupo de trabalho para analisar o problema. 

Avelino de Jesus diz que, até 2050, o Estado português vai pagar 50 biliões de euros só na parte fixa das PPP`s. Soma-se ainda a parte que é negociada entre o Estado e as concessionárias.

«Parte fixa das PPP`s fica em 50 biliões de euros. Soma-se mais 30 a 50 por cento», disse no programa Olhos nos Olhos.

COMPARAÇÃO DAS PROPOSTAS DO GRUPO PORTUS CALE COM A ACÇÃO DO GOVERNO


COMPARAÇÃO DAS PROPOSTAS DO GRUPO PORTUS CALE COM A ACÇÃO DO GOVERNO

Há cerca de 10 meses, o Grupo Portus Cale concretizou o seu primeiro objectivo, construindo e apresentando ao PSD uma proposta com medidas para inclusão no programa de governo (para as quais contribuíram alguns membros do "R").
Para iniciar esta semana, em que iremos apresentar a nossa proposta concreta para a reforma do sistema político em Portugal, tal como propúnhamos nesse mesmo documento, elaboramos uma análise sucinta (e superficial) ao rácio de propostas que apresentamos então, em termos de concretização, em resultado da actividade do governo.
Globalmente, numa base meramente indicativa, estimamos que o conjunto das nossas propostas esteja implementado a 11%. Mais concretamente, das 22 propostas apresentadas, treze ainda não terão sido consideradas, oito estarão executadas a menos de 50% e uma a mais de 50%.
Pode consultar os resultados detalhados da análise efectuada clicando aqui.
Para consultar ou relembrar a proposta que apresentámos em Abril do ano passado, clique na imagem em cima.

PROPOSTA PARA A REFORMA DO SISTEMA POLÍTICO by Grupo Portus Cale


PROPOSTA PARA A REFORMA DO SISTEMA POLÍTICO

"O Grupo Portus Cale resulta da reunião de um conjunto de pessoas interessadas em discutir o nosso modelo de sociedade e, principalmente, apostadas em contribuir com propostas concretas para o seu desenvolvimento" do qual fazem parte alguns membros do "R" e por isso temos apoiado desde a génese a sua actividade, e também por isso damos visibilidade a muitas das suas propostas, como a que aqui e agora damos eco.
Serve sobretudo como base para a reflexão que se pretende aprofundada para a mudança do sistema político, mesmo que ainda podendo sofrer muitas alterações.

O Grupo Portus Cale apresenta a sua proposta para a reforma do sistema político em Portugal.
O documento/proposta que apresentamos propõe bases para a reflexão sobre a reforma do sistema político que julgamos imprescindível para um desenvolvimento de um estado mais moderno, eficaz, justo e no qual o primado da política assuma o papel central da actividade dos órgãos de soberania.
Da observação da dinâmica político-económica portuguesa dos últimos 30 anos, resulta evidente, a assimetria de desenvolvimento entre as diferentes regiões do estado português.
De igual forma, ocorre a percepção de um défice de representatividade política, resultando num crescente mal-estar social com o actual sistema de representação política.
Acresce a estas constatações, uma produção legislativa, por vezes, pouco cuidada, resultando em leis cuja interpretação se presta a dúvidas, necessariamente desfeitas por pareceres jurídicos, não poucas vezes, eles próprios contraditórios, apesar de muitas vezes terem origem no mesmo autor
O sistema político unicameral, sobre o qual assenta o sistema representativo português, tem evidenciado, nos últimos anos, dificuldades na criação de condições de governabilidade eficaz.
É neste contexto que o Grupo Portus Cale apresenta uma proposta de reforma do sistema político. O objectivo da mesma é reequilibrar aquilo que notoriamente está desequilibrado e, nitidamente, de forma crescente nos últimos anos.
Mapa dos distritos Portugueses
É nossa convicção que a criação de um SENADO, conforme detalhamos na proposta, contribuirá para a coesão nacional, permitindo a participação de agentes políticos eleitos a nível distrital nas decisões nacionais.
O sistema bicameral, resulta da criação de uma câmara (Senado), eleita por círculos eleitorais distritais, funcionando a par da actual Assembleia da Republica, eleita por um círculo eleitoral nacional. Com um número de eleitos inferior ao actual, mas com verdadeira representatividade nacional e a obrigatoriedade que terão em gerar consensos e articular estratégias irão funcionar a favor de uma clara melhoria da qualidade do sistema democrático.
São objectivos da presente proposta os seguintes:
  • Melhorar a qualidade da democracia em Portugal;
  • Melhorar o nível de coesão Nacional;
  • Dotar a Presidência da Republica de poderes mais concretos e reais sobre a decisão política;
  • Criar uma maior exigência na produção legislativa, resultante do duplo escrutínio bicameral;
  • Promover uma efectiva representatividade local;
  • Promover maior transparência e clareza no desempenho de funções dos cargos específicos;
  • Renovar a classe política;
Acreditamos que este é um desafio decisivo para Portugal se tornar numa nação moderna e com um padrão democrático adequado à sua história e à ambição das novas gerações.


‘Naufragar é preciso?’, um texto de João Pereira Coutinho


‘Naufragar é preciso?’, um texto de João Pereira Coutinho

TEXTO PUBLICADO NA FOLHA DE SÃO PAULO NO DIA 10/01/2012
Começa a ser penoso para mim ler a imprensa portuguesa. Não falo da qualidade dos textos. Falo da ortografia deles. Que português é esse? Quem tomou de assalto a língua portuguesa (de Portugal) e a transformou numa versão abastardada da língua portuguesa (do Brasil)?
A sensação que tenho é que estive em coma profundo durante meses, ou anos. E, quando acordei, habitava já um planeta novo, onde as regras ortográficas que aprendi na escola foram destroçadas por vândalos extraterrestres que decidiram unilateralmente como devem escrever os portugueses.
Eis o Acordo Ortográfico, plenamente em vigor. Não aderi a ele: nesta Folha, entendo que a ortografia deve obedecer aos critérios do Brasil. Sou um convidado da casa e nenhum convidado começa a dar ordens aos seus anfitriões sobre o lugar das pratas e a moldura dos quadros. Questão de educação.
Em Portugal é outra história. E não deixa de ser hilariante a quantidade de articulistas que, no final dos seus textos, fazem uma declaração de princípios: “Por decisão do autor, o texto está escrito de acordo com a antiga ortografia”.
A esquizofrenia é total, e os jornais são hoje mantas de retalhos. Há notícias, entrevistas ou reportagens escritas de acordo com as novas regras. As crônicas e os textos de opinião, na sua maioria, seguem as regras antigas. E depois existem zonas cinzentas, onde já ninguém sabe como escrever e mistura tudo: a nova ortografia com a velha e até, em certos casos, uma ortografia imaginária.
A intenção dos pais do Acordo Ortográfico era unificar a língua. Resultado: é o desacordo total com todo mundo a disparar para todos os lados. Como foi isso possível?
Foi possível por uma mistura de arrogância e analfabetismo. O Acordo Ortográfico começa como um típico produto da mentalidade racionalista, que sempre acreditou no poder de um decreto para alterar uma experiência histórica particular.
Acontece que a língua não se muda por decreto; ela é a decorrência de uma evolução cultural que confere aos seus falantes uma identidade própria e, mais importante, reconhecível para terceiros.
Respeito a grafia brasileira e a forma como o Brasil apagou as consoantes mudas de certas palavras (“ação”, “ótimo” etc.). E respeito porque gosto de as ler assim: quando encontro essas palavras, sinto o prazer cosmopolita de saber que a língua portuguesa navegou pelo Atlântico até chegar ao outro lado do mundo, onde vestiu bermuda e se apaixonou pela garota de Ipanema.
Não respeito quem me obriga a apagar essas consoantes porque acredita que a ortografia deve ser uma mera transcrição fonética. Isso não é apenas teoricamente discutível; é, sobretudo, uma aberração prática.
Tal como escrevi várias vezes, citando o poeta português Vasco Graça Moura, que tem estudado atentamente o problema, as consoantes mudas, para os portugueses, são uma pegada etimológica importante. Mas elas transportam também informação fonética, abrindo as vogais que as antecedem. O “c” de “acção” e o “p” de “óptimo” sinalizam uma correta pronúncia.
A unidade da língua não se faz por imposição de acordos ortográficos; faz-se, como muito bem perceberam os hispânicos e os anglo-saxônicos, pela partilha da sua diversidade. E a melhor forma de partilhar uma língua passa pela sua literatura.
Não conheço nenhum brasileiro alfabetizado que sinta “desconforto” ao ler Fernando Pessoa na ortografia portuguesa. E também não conheço nenhum português alfabetizado que sinta “desconforto” ao ler Nelson Rodrigues na ortografia brasileira.
Infelizmente, conheço vários brasileiros e vários portugueses alfabetizados que sentem “desconforto” por não poderem comprar, em São Paulo ou em Lisboa, as edições correntes da literatura dos dois países a preços civilizados.
Aliás, se dúvidas houvesse sobre a falta de inteligência estratégica que persiste dos dois lados do Atlântico, onde não existe um mercado livreiro comum, bastaria citar o encerramento anunciado da livraria Camões, no Rio, que durante anos vendeu livros portugueses a leitores brasileiros.
De que servem acordos ortográficos delirantes e autoritários quando a língua naufraga sempre no meio do oceano?

quarta-feira, 7 de março de 2012

Almoço "R" - Da Corrupção à Revisão Constitucional


Almoço "R"
Da Corrupção à Revisão Constitucional



Almoço com o Eng.º Paulo Morais

No passado sábado, 3 de Março de 2012, reunimos no Clube de Leça, com o Eng.º Paulo Morais (ex-VP CM Porto e VP da Transparência Internacional) em formato de brainstorming, para falarmos sobre o "Combate à Corrupção", com o objectivo de aprofundar a nossa reflexão para a proposta de Revisão Constitucional que queremos elaborar.
O Eng.º Paulo Morais começou por explicar o seu discurso contra a corrupção, bem como a sua mais tradicional definição: utilização de poderes delegados em proveito próprio ou dos amigos.
Portugal tem boas condições climatéricas, geográficas, sociais, históricas e de recursos humanos (a sua população), mas como tem uma má organização de sociedade (o seu sistema político), tem péssimos resultados.
Para Portugal se desenvolver precisa de resolver o problema do modelo de organização vigente, pois a matéria-prima (os portugueses) é boa.
Algo que se verifica quando se estudam os índices de percepção da corrupção, estes são inversamente proporcionais aos índices de desenvolvimento humano, e quanto mais enriquecem os países, mais ética na vida em sociedade existe. Pode-se facilmente verificar que para haver desenvolvimento, tem de se reduzir ou acabar com a corrupção. Não há países corruptos que sejam desenvolvidos, nem há países desenvolvidos que sejam corruptos.
Em Portugal a corrupção atinge o seu ponto mais visível no feudalismo da sociedade portuguesa, em que um conjunto de famílias manda no país (Espírito Santos, Mellos, Champaulimauds, etc…), desde há várias gerações, e que descende directamente do modelo feudal dos tempos dos Reis.
Sempre que Portugal deu saltos grandes no seu desenvolvimento, foi quando se retirou poder aos “grandes”, aos poderosos.
Outro dos sinais visíveis da corrupção é a influência do poder dos partidos sobre as máquinas autárquicas, ou mesmo sobre a Assembleia da República.
Para corrigir isto é necessário atacar a corrupção sistémica, nomeadamente esta que é proveniente dos interesses e da influência dos grandes grupos e das famílias que mandam no país. Por exemplo, as sociedades de advogados ligadas aos grandes grupos e a estas famílias, são quem fazem as leis, por via de deputados eleitos nas listas partidárias, que ficam com “buracos legais” para facilitarem a vida a essas famílias e grupos.
Tem de haver uma efectiva separação dos poderes legislativo, executivo e judicial, e as sociedades de advogados tem de se limitar à sua área de actuação (Judicial), o governo tem de se manter no poder executivo (não faz sentido as autorizações legislativas ao governo no início do mandato dos deputados na AR, que esvaziam o poder legislativo da AR), e a Assembleia da República e os deputados tem de facto de assumir o papel legislativo.
A mais importante das corrupções é a que se prende com a corrupção imobiliária ou tráfico de terrenos e ao subsequente financiamento bancário para essas actividades, em que terrenos que nada valiam, com o apoio dos vereadores ligados aos partidos, são valorizados por alterações aos Planos Directores, para favorecerem a valorização desses terrenos.
Esse tipo de corrupção atinge todos os partidos que estejam no poder, nomeadamente ao nível autárquico e ao nível do governo. Porque é que não há efectivo planeamento e ordenamento do território?
A corrupção é o pior problema do país e o urbanismo é a área em que mais se sente. No entanto, o poder local devia ser a escola da democracia, mas não o é, porque os partidos fecharam-no à participação dos eleitores, e com isso promovem as oportunidades de corrupção.
As regras de urbanismo deviam prever um PDM simples e estratégico, um licenciamento simplificado (para diminuir as oportunidades de corrupção), e uma fiscalização mais forte (e melhor remunerada para não ser facilmente corruptível) bem como uma fiscalização da sociedade (em que os vizinhos tem de ser notificados de obras na vizinhança).
Esta corrupção alimentou a construção civil que durante muito tempo foi o motor da nossa economia, foi o motor do negócio da banca por via do endividamento, e dos negócios das famílias e interesses poderosos do nosso país.
Deve-se procurar aumentar a transparência nas funções do estado, promover a simplificação legislativa para diminuir as oportunidades de promoção da corrupção, melhorar o processo judiciário tornando-o mais célere e mais eficiente, e criar mecanismos de ressarcir a sociedade por decisões com dolo ou incompetentes das funções do estado.
O poder dos partidos é muito facilmente corruptível no actual sistema político e isso verifica-se por exemplo, pelos empregos que os partidos dão aos apoiantes e negócios que dão aos seus financiadores, quando chegam ao poder.
Na opinião de Paulo Morais para quebrar isto serão necessárias rupturas para “dinamitar” o sistema, mas em simultâneo é necessário medidas isoladas e complementares que promovam as mudanças necessárias.
Para Paulo Morais é fundamental para promover o combate à corrupção é fundamental mudar o contexto, mudar o sistema político português. A reputação da política e da democracia, está como está, porque os partidos se fecharam sistemicamente, para que ninguém entre na política.
Tem de se conseguir abrir os partidos à participação dos cidadãos, nomeadamente promovendo a participação ao nível local. Essa abertura em última análise promove uma rotação dos políticos (que os actuais querem evitar) e isso traz grandes vantagens à sociedade e promove o combate à corrupção. No fundo acabar de vez com a partidocracia em que vivemos.
É preciso também acabar com as autorizações legislativas da AR para o Governo, no início de cada legislatura, pois estas esvaziam as competências legislativas da AR. E acabar com as comissões de fiscalização compostas por deputados que na sua actividade profissional desempenham actividades relacionadas com a actividade que está a ser fiscalizada. Exemplo: a comissão que fiscalizou o negócio da EDP, é composta por vários deputados ligados ao negócio da compra pela “Three Gorges”.
Em relação à Regionalização, considera que esta faz sentido se houver de facto transferência de competências e responsabilidades do governo central para as regiões. Essas competências ao passar do estado central para as CCDRs (que deviam ser eleitas e não nomeadas como hoje em dia) iriam esvaziar alguns ministérios, e ficando apenas centralizados os ministérios de soberania. Assim por exemplo o Min. da Educação passaria a ser compostos de Direcções Regionais e de uma Direcção Geral donde emanam as políticas e as estratégias nacionais, mas toda a operacionalização seria das Direcções Regionais.
Referiu também que para acabar com a corrupção vai ser necessária a redução do peso do estado, e que o actual caminho do governo aponta nesse sentido, mas reforça que o estado deve deixar de actuar na economia passando sobretudo a ser regulador, mas fortemente regulador.
É fundamental também: acabar com a mentalidade vigente de subsídio–dependência; promover uma economia realmente competitiva e sustentável; uma efectiva reforma administrativa ao nível local; uma clara aposta na educação do cidadão, nomeadamente nos seus direitos e obrigações; aposta no papel preponderante que as universidades podem desempenhar.
Por último referiu a necessidade de se alterar o modelo de financiamento partidário, pois a actual promove a existência de corrupção, pois para além do angariador que ganha cerca de 40% do valor angariado, o financiador por esta via controla os partidos, nomeadamente os vereadores do urbanismo, e conseguem o licenciamento necessário para os seus negócios imobiliários.
Esta é uma área em que o crime compensa, pois o custo de financiamento partidário, não é nada quando comparado com as receitas que os negócios imobiliários podem gerar…



terça-feira, 6 de março de 2012

O Analfabeto Político...

Bertold Brecht em 1957:
"O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas. O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil que da sua ignorância política nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos que é o político vigarista, pilantra, o corrupto e lacaio dos exploradores do povo." - poema "O Analfabeto Político"