segunda-feira, 26 de novembro de 2012

CORTES no ESTADO SOCIAL


Estamos neste altura a discutir os cortes que vamos ter de fazer no conceito de ESTADO SOCIAL.
Na sequência de outras propostas (muito pouco se tem falado sobre isso), algumas que inclusivamente já demos ressonância e propusemos no "R", há outros actores que têm a obrigação de o fazer, como os deputados da AR das várias cores políticas, e não porque o Governo o tenha pedido, mas sim, porque é essencial para a sobrevivência do ESTADO SOCIAL.
Ainda hoje a JSD fez uma proposta que quer limitar as pensões de sobrevivência, não para cortar com o subsídio, mas para colocar limites à sua atribuição: http://www.ionline.pt/portugal/jovens-sociais-democratas-querem-limitar-pensoes-sobrevivencia
Temos de ter mais "agentes de mudança", mais forças políticas ou parceiros sociais, a pensarem o ESTADO SOCIAL e a encontrarem forma de lhe dar mais sustentabilidade e garantir o seu futuro.
A proposta da JSD, vai no sentido de outras medidas que vai ser preciso propor para reestruturar o "conceito de estado social".
Outras há para implementar, como noutros países, em que há um valor de pensão máxima, por exemplo.
Isto vai causar um choque geracional, mas ou as gerações com mais responsabilidade no estado a que isto chegou, aceitam um "hair cut" nas pensões, ou provavelmente ninguém, nem eles nem a nossa geração, vai ter pensões para receber, por falência do famigerado ESTADO SOCIAL!
As gerações que refiro contribuíram na grande maioria dos casos uma vida inteira, mas as suas contribuições eram durante muitos anos de apenas 1, 2 ou 3% do seu salário.
As premissas para a sustentabilidade do sistema nesses tempos eram baseadas num modelo que previa que as pessoas contribuíam durante 30/40 anos, e depois só dependiam das pensões por 5/10 anos.
Se essas premissas se mantivessem, não haveria necessidade de grandes alterações, mas hoje contribui-se pelos mesmos 30/40 anos e depois recebe-se por mais 20/30/40 anos.
Quase que se teria de ter uma contribuição para o Estado Social de 50% do salário.
Há ainda que reflectir sobretudo sobre a acumulação de pensões, com valores mensais muito elevados (isso não é Estado Social, é Estado dos Ricos que vivem à custa do mesmo), ou as pensões de titulares de cargos públicos que recebem pensões principescas por serem actores de cidadania no nosso país em um ou dois mandatos, ou ainda aqueles que acumulam mais que uma pensão ou com salários de administradores de empresa.
É imoral e reconhecidamente algo que todos nós entendemos como altamente injusto.
Não conheço nenhum outro país com este tipo de pensões e no entanto Portugal parece cada vez mais um país de "Velhos Ricos" e de "Jovens à Rasca".
É ISSO QUE TEMOS DE MUDAR, por que se não for a bem, vai à falência...

Haja vontade e visão, que é o que nos tem faltado em Portugal ao longo dos anos.

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