sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Em quem votar!

Temos eleições este fim de semana. O futuro governativo do país para os próximos 4 anos, decide-se este Domingo, 4 de Outubro, e vamos ter de decidir, "Em quem votar"!
Como sabem fui muito critico deste governo, e a bem da minha consciência e da coerência com o que disse desta Governação (sobretudo durante os primeiros dois anos, tempos de Vítor Gaspar) nestas eleições eu não deveria votar nos partidos deste Governo.
Eu, queria mesmo era votar num partido que propusesse reduzir a despesa, em vez de a deixar aumentar. Queria votar num partido que propusesse acabar com os "Jobs for the Boys". Queria votar num partido que propusesse reduzir o deficit a zero no fim da legislatura. Queria votar num partido que apostasse em melhorar a situação dos desempregados, dos reformados, dos jovens, dos professores, dos polícias, dos militares, dos enfermeiros, dos estagiários, etc, etc, etc... Queria votar num partido, que apostasse na iniciativa privada, que apoiasse as empresas exportadoras, que fizesse ainda mais das exportações um desígnio nacional, que criasse cluster de área, cada vez mais fortes, que potenciasse o Turismo, nomeadamente a Hotelaria e a Restauração, e que apostasse claramente no crescimento económico como forma de resolvermos vários problemas da nossa sociedade, nomeadamente a nossa divida.
Mas a verdade é que nenhum partido propõe estas coisas, todas em simultâneo, que todos nós devíamos exigir deles.
Portanto o meu voto terá de ser baseado no princípio do bem comum para nossa democracia. Como dizia Churchill, a Democracia é o pior sistema político que há, com a excepção de todos os outros que vão sendo experimentados de tempos a tempos.
Para poder escolher para o bem comum, da forma mais correcta e com a melhor análise possível, tenho de me basear nos programas com que se apresentam e na experiência passada de cada partido/candidato.
Se por motivos ideológicos me afasto de forma incompatível com os partidos de influência marxista, e dos partidos fascistas e ou nacionalistas, há três que estão mais próximos do chamado centro ideológico, onde me posiciono e em que poderia votar: o CDS/PP, o PPD/PSD e o PS.
Os primeiros dois vão em Coligação a estas eleições, chamada "Portugal à Frente", resultante da Governação dos últimos 4 anos.
O PS vai sozinho, se bem que fruto dos resultados que se apontam nas sondagens, já se fala em coligações pós eleições à esquerda.
Portanto não tenho grandes opções: ou voto no PS ou na Coligação.
Começando pela coligação, como ao longo destes 4 anos, chamei várias vezes a atenção para diversos erros na governação (sobretudo nos primeiros 2/3 anos), seria completamente ilógico para mim votar nesta coligação, apenas há um ano atrás.
Mas a verdade é que durante esta governação a Troika foi-se embora, o governo teve coragem para aplicar uma austeridade cega que não era incialmente dele, não cedeu a diversos grupos de pressão, nem mesmo ao "Dono Disto Tudo", não desistiu perante adversidades, mesmo quando os problemas às vezes eram irrevogáveis.
Obviamente, também os tenho de avaliar por aquilo que propõem para os próximos 4 anos. Da última vez, de tudo o que prometerem, houve uma grande parte do programa que não cumpriram, o que não abona muito a favor da PaF. Têm a desculpa que encontraram as coisas bem piores do que o Governo anterior tinha comunicado aos portugueses e à Troika.
O que propõem para os próximos 4 anos, é a continuação do modelo que têm implementado até aqui, se bem que agora pareça que vão ser um pouco mais relaxados em termos de políticas austeritárias, fruto dos resultados, daqueles que Portugal já conseguiu.
Em relação ao PS, tenho de pesar o que fizeram como oposição, tenho de avaliar as pessoas que estão à frente do partido, e o seu percurso político, mas também aquilo que fizeram da última vez que foram Governo, com as consequências que sabemos, nomeadamente o pedido de dinheiro de emergência à Troika, e a perda de credibilidade da República.
As pessoas não me agradam, pois são na sua grande maioria os que em 2005-2011 tão mal fizeram ao país, e que nos levaram a ser "resgatados". São pessoas que para além do mais na sua forma de ser, me fazem lembrar o que aconteceu nos tempos de Jorge Coelho no PS, ou nos tempos de Dias Loureiro ou Duarte Lima, no PSD. O PS que eu mais aprecio é o de João Nogueira Santos, de António José Seguro ou de Henrique Neto.
Tenho também de pesar o que propõem para os próximos 4 anos. E fala-se em aumento do investimento público, redução do desemprego, reversão de privatizações e outros soluções ligadas ao Estado.
E aí entra em conta também a possível coligação governativa pós-eleitoral com o Bloco de Esquerda e/ou o Partido Comunista Português, com políticas mais à esquerda ainda.
Isso sim, deixa-me muito preocupado. Eu não lhe chamaria nunca solução governativa. Antes, um pesadelo governativo.
Se a PaF ganhar sem maioria absoluta (que parece ser o cenário mais provável), António Costa - como anunciou várias vezes - chumba o orçamento de estado (ao contrario do que o PSD fez em governos de maioria relativa de Guterres e Sócrates e ao contrário do que um partido responsável faria, respeitando o resultado das eleições) impossibilitando a governação.
Nesse cenário, se a PaF ganhar sem maioria absoluta, António Costa procurará uma aliança com BE e a CDU para assim ser governo, não o partido mais votado, mas sim uma manta de retalhos (dada a diferença de programas), com influências marxistas, claras. (Li no outro dia e concordo, que Portugal é dos países europeus com mais marxistas, e por isso vai poder passar a ter um novo modelo de turismo político, para as pessoas dos países do antigo Pacto de Varsóvia, poderem vir ao Museu "Vivo" do Marxismo).
Voltará assim o PS ao poder, de forma muito "habilidosa", e permitindo com isso, que todas as dificuldades que os portugueses tiveram de passar nos últimos anos, possam ser em vão.
As sondagens deixam muitas dúvidas e os cenários possíveis são mais que muitos, pois ainda há muitos indecisos, mas o que não gostaria mesmo, é de voltar à despesa exagerada, ao descontrolo das contas públicas, ao descontrolo do deficit, à descredibilização da República outra vez, ao aumentar da dívida, à dificuldade de obter financiamento nos mercados, aos ratings a continuarem no lixo, aos investidores a fugirem do país, a viver num país socialista de inspiração venezuelana, e por último, mas mais importante que tudo isso, aos jantares com procuradores para discutir livros de filosofia! ;-)
Por isso entre PS e PaF não me restam grandes dúvidas... sei perfeitamente em quem votar!
Para evitar um governo de inspiração marxista, vou votar na Coligação, e possivelmente com isso ajudar a PaF, a ter maioria de deputados no parlamento.
Vou votar com a consciência de que Portugal pode não estar como eu desejava, mas não deve e não pode voltar ao mesmo modelo de governação, que nos atirou para o lugar onde estávamos há 4 anos.
Isso é que não...
PS: E já agora se a Coligação ganhar, é bom que melhorem realmente a situação em Portugal. Já era hora de os portugueses terem mesmo um bom governo! O potencial está lá, falta a confirmação.
Cenas dos próximos 4 anos...


2 comentários:

  1. Se a coligação PAF ou o PS vencerem as eleições, os corruptos e os vigaristas estarão muito bem representados!!
    As pessoas clamam por mudança, mas votam sempre nos responsáveis pelo estado lastimoso da nação.
    Todos nós queremos mudança. No entanto, quem é que tem coragem para mudar?

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  2. Diálogo:
    Eleitor 1: "Eu não confio nele, mas voto nele; ele rouba, mas faz; ele mente, mas convence; ele é culpado, mas ninguém prova. E tu, o que achas?"
    Eleitor 2 : "Eu acho que tu és uma besta, mas não sabes..."

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