É um orçamento demasiado recessivo, que aumenta a carga fiscal para lá do razoável, prejudica qualquer hipótese de recuperação da economia, e que pode no limite provocar uma espiral recessiva imparável da economia portuguesa.
Esperemos que os cenários mais pessimistas não se confirmem.
Ao impor-se tanta austeridade, o resultado paradoxal da diminuição do PIB, será que o objectivo que Vitor Gaspar segue com tanta vontade, de diminuição do deficit, será totalmente falhado.
Devíamos ter um orçamento em linha com o de 2012, mas com medidas agressivas de redução da despesa, eventualmente com um aumento da carga fiscal bem mais moderado, e com medidas de apoio às empresas exportadoras, para tornar as exportações ainda mais o motor da economia.
Ao nível do combate ao desemprego, devíamos seguir o modelo (finalmente na moda) do apoio ao micro-empreendedorismo, com formação nas áreas estratégicas para o país, e usufruto dos subsídios de desemprego com um prémio, para a realização do capital social dessas micro-empresas.
Se essa tivesse sido a opção de Vitor Gaspar, não estaríamos tão preocupados com o futuro e os cenário macro não seriam tão incertos e assustadores.
A versão que foi hoje aprovada na Assembleia da República, é um tiro no escuro, sem que se consiga saber bem o resultado final.
Pode bem ser a bomba atómica com que alguns apelidaram este orçamento... esperemos que não!
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