quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Adesão aos Partidos! Cidadania! Mudança!


Desde que, junto com o João Nogueira Santos, nos lançamos a defender a ideia da Adesão aos Partidos Políticos como forma de promover a Mudança que procuramos através de uma cidadania participativa, estou sempre a ser questionado, sobre como solucionar os problemas da democracia em Portugal.
Eu normalmente devolvo a pergunto à pessoa, e pergunto-lhe se está filiado(a) em algum partido.

A resposta invariavelmente, independentemente da pessoa nunca ter sido ou já alguma vez ter sido, militante de um partido, acaba com uma frase do tipo: "Já estive anos num partido e aquilo é um pesadelo. Só cromos e sabujos sem espinha dorsal".

Habituado que estou a essa argumentação, normalmente hoje respondo sempre, perguntando quantos amigos levou para o partido nessa incursão na militância, dizendo que se tivesse levado muitos, os cromos e os sabujos, já não pareceriam tantos, e que o ambiente só poderia melhorar se muitos que não sejam cromos e sabujos fossem para o partido também.

Na minha experiência partidária há alguns cromos, esses os há em todo o lado, há alguns sabujos também, pois de igual forma se os há por todo lado, não poderiam faltar nos partidos, mas sobretudo há dois tipos de pessoas que identifico: os que vivem de e para o partido, e os que não vivem de e para o partido.

E como os primeiros são mais que os segundos, os primeiros elegem alguém dos seus para líderes, e os segundos ficam a olhar para os cromos e sabujos e vêm-se embora dos partidos...
Temos de mudar isso!

A causa enraizada na nossa sociedade para os problemas que temos e vivemos, é acharmos que a culpa é dos "outros", quando na realidade é nossa, é minha, é tua... todos nós ao longo da história de Portugal, sobretudo nos últimos 3 Séculos, temos contribuído muito para isso.
Então desde que temos República, a diferença de acção entre o que "nós" dizemos que os "outros" devem fazer, e aquilo que "nós" estamos de facto disponíveis para fazer, é abissal.

As pessoas dizem "...E não haver ninguém que pegue nisto com coragem...", pois de facto é mais fácil que "alguém" desde que não o próprio faça alguma coisa para mudar, ou "...somos um Pais de Poetas e Patetas!", mas claro que se referem aos "outros", pois "Eu" que faço a análise, não o sou, obviamente.
Mas a verdade, é que "Eu" sou um pouco isso e muito mais, pois como diz o João Nogueira Santos, os 10% mais instruídos e mais informados da nossa sociedade, teriam a obrigação colectiva, mas sobretudo a obrigação individual (todos, mas sobretudo cada um de nós) de fazermos mais e melhor por Portugal, promovendo a tal mudança que "nós" esperávamos, que pudesse vir dos "outros"!

Façamos "nós" a mudança. Façamos "nós" a Revolução.
A mudança que precisamos é uma "Revolução de Mentalidade", a nossa, a minha, a tua, e só "nós" mudando, conseguiremos mudar os "outros", e aí sim poderemos dizer que não somos aquele povo que não se deixa governar, nem se governa...

Todos temos mais poder do que pensamos, mas acabamos por não usar as ferramentas democráticas que estão ao nosso dispor.
Se formos literalmente correctos na análise, não vivemos numa democracia na pura acepção do termo, vivemos mais numa democracia representativa partidária, também por alguns apelidada (a meu ver bem) de partidocracia.

É no âmago do poder partidário que podemos fazer a diferença. Leiam alguns dos textos que o João Nogueira Santos tem publicado no blog (http://aderevotaintervem.blogspot.pt/) e perceberão o poder que está ao nosso alcance.
Só para vos dar alguns números. Em Portugal a participação nas eleições dos líderes dos principais partidos portugueses, nunca teve mais que 0,5% de participação. Nos EUA por exemplo, cerca de 18% dos americanos votam nas primárias para escolher o candidato de cada partido. Se 1% dos portugueses participassem (o dobro do actual) o escrutínio das pessoas de transparência e carácter, seria feita com muito mais intensidade.

Deixo-vos um pergunta para reflexão. Se mais gente independente de outros interesses, como nós, votasse nas eleições do PSD e do PS, teriam pessoas como Miguel Relvas ou Jorge Coelho (homens da máquina partidária), alguma vez tido o protagonismo que acabaram por ter?
O não estarmos lá nos partidos, repito, no âmago do poder democrático em Portugal, promove um vazio que é aproveitado pelos oportunistas, espertos, aparelhistas, que assim mais facilmente controlam os sindicatos de voto, que normalmente se formam dentro das estruturas partidárias.

Além do mais, os bons, os honestos, os com carácter que lá estão (e são muitos mesmo assim), acabam por se sentir abandonados, por "nós" que somos como eles, e lá podíamos estar para os apoiar... mas não estamos.
Quantos mais portugueses estivermos dentro dos partidos, mais difícil será implementar estratégias de cacique e caça ao voto. Homens como os referidos, teriam muito mais dificuldade em serem considerados como os homens do aparelho.

Bastava 1% para mudar muita coisa, se fossem os 10% anteriormente referidos, Portugal seria um país muito melhor.

Esperança tenho muita, força de vontade, persistência, muita gente que acredita também, e sobretudo paciência para esperar que esta mensagem comece a passar, e se calhar com o tempo teremos uma participação cívica que vai "naturalmente" e sem nenhuma estratégia específica, promover a Revolução e as Mudanças que precisamos.

Até lá, vamos evangelizando as pessoas para a ideia da Cidadania Participativa que pode promover uma verdadeira Democracia.

PS: Adoro o conceito de INVASÃO MASSIVA aos PARTIDOS de CIDADÃOS BEM INTENCIONADOS!
Mesmo!!!
À falta de um vídeo profissional sobre o tema, fiz um vídeo caseiro.
Aqui o deixo para quem quiser ver...


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