Trompetes de alarme: Que os mais tacanhos e ignorantes não façam contas (porque de contas se trata) não me admira.
Que considerem o Financial Times um pasquim de esquerda, dou de barato.
Que rotulem o Martin Wolf um marxista, o Krugman um nobelizado por engano, o FMI e a Christine Lagarde perigosos revolucionários irresponsáveis da extrema esquerda, aceito.
Não me parece é que um artigo de opinião (inteirinho, na página central do WSJ, entre dois artigos a declarar a vitoria de Romney no debate de ontem) todo dedicado a Portugal - nunca tinha visto algo assim - e que termina, liminar, a avisar que, com esta política orçamental estamos "on the road to becoming a new Greece", não possa senão soar a trompetes de alarme.
Até para quem escolheu ser surdo.
O artigo chama-se "Automatic Destablizers".
Uma ironia amarga aos estabilizadores automáticos nos quais o governo prefere errar (doutra forma como acreditar que o OE2013 preveja uma recessão de apenas 1% negativos do PIB?).
Para quem fizer ideia do PIB português (se não sabem, lembrem-se de Guterres: "...é só fazer as contas..."), multiplique o valor acrescido de carga fiscal (27%) pelo valor da receita fiscal no PIB e (se acreditar no FMI...devíamos...) multiplique isso pelo multiplicador corrigido (escolha o mais baixo).
Veja quanto vai cair o PIB e pergunte-se como vamos pagar a dívida (a 5%) para fechar o défice com que vamos acabar.
Resposta: com mais "curralito".
Escapa quem pode.
by André Freitas... ;-)
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