Pese embora o “R” ter carácter apartidário e supra-partidário, pauta-se pela elevada consciência política e social dos seus membros, e total apoio à participação política no âmbito dos partidos políticos ou fora deles.
O ideal comum dos membros do “R” é potenciar uma reformulação e reestruturação do sistema político actual, segundo princípios de responsabilidade e responsabilização dos eleitos.
Atento o momento político que se vive em Portugal, a ressaca eleitoral das eleições autárquicas, a ingerência da troika e correspondente reflexo no programa e políticas do Governo e da eminência do risco social de determinadas franjas da nossa população, impõe-se, para efeitos da presente reflexão, uma análise aprofundada ao PSD.
Em 06 de Maio de 1974, no rescaldo da revolução de Abril, Francisco Sá Carneiro, Francisco Pinto Balsemão e Joaquim Magalhães Mota, entre outros, fundaram o então PPD.
Foi entendida a necessidade de criar um partido político que se diferenciasse das alternativas existentes à data, de matriz centro-esquerda, isto é, respeitador dos direitos do cidadão, promovendo e defendendo a democracia política, social e económica do Estado de Direito.
A importância, pertinência e urgência de tais valores, aliadas ao carácter exemplar, probo e combativo dos seus protagonistas, levaram a que a sociedade civil neles se revisse e, sobretudo, neles confiasse para, sucessivamente, a governar.
Hoje, infelizmente, assim não o é.
A ideologia e militância partidária andam de costas voltadas à sociedade civil. E utilizamos esta ordem e não a inversa, porque entendemos ser dever dos partidos acolherem aos apelos dos que os elegem e, sobretudo, dos que por eles são (des)governados.
No caso do PSD o exemplo é paradigmático e nem sequer é recente. Não se tratando de um revivalismo, certo é que o apregoar da memória de Sá Carneiro e dos princípios da social democracia, são curtos, insuficientes e, acima de tudo, espúrios e vazios, porquanto se torna cristalino que há muito que, na prática, o próprio partido deles se distanciou.
Acomodou-se ao epíteto de “partido de direita” e conformou-se com a ideia de alternância política com o outro partido do chamado “centrão”.
Tornou-se mais importante chegar ao poder do que saber governar; Conseguir o voto do que o merecer; Eleger do que ser eleito; Os líderes e o protagonismo individual do que as ideologias e a força do colectivo; A militância cega, seguidista, caciquista e “moldável” do que o pluralismo de ideias, a prossecução de fins sociais, a defesa de valores.
E, pior, o mal que afecta o PSD é transversal, porque funcional, com reflexos graves, perniciosos e potencialmente irreversíveis, com epicentro nas estruturas locais.
O Porto, por tradição, sempre foi palco de mudanças e convulsões, tendo assumido a voz primeira das necessidades de mudança, lutando contra o poder instalado e personificando soluções e alternativas. Muitas vezes o fez sozinho, mas sempre de uma forma leal, responsável e consciente.
Atento o momento – e pelas razões explicadas – impõe-se que levante novamente a voz e preconize alternativas, devolvendo o PPD aos seus valores, à sua linha programática e, sobretudo, às suas gentes.
"Qualquer poder numa sociedade moderna, deve ser hoje repartido e multiforme e quaisquer tentativas, e muitas foram feitas no passado em Portugal, para o concentrar, denotam exclusivamente incapacidade para o seu exercício. Aqueles que de facto mais poder queriam ter, sempre foram os menos capazes de o exercer.”
Francisco de Sá Carneiro
Co-autores*:
Nuno da Costa Nata
Carlos Macedo e Cunha
José Campos e Matos
Carlos Ribeiro
Pedro Salvador
Pedro Reis de Almeida
Luís Mesquita Brito
Francisco Sanches Osório
Carla Manuel Gomes
Nuno Ribeiro
Tiago Oliveira e Silva
Miguel Martins dos Santos
Nelson Pimenta
Antero Filgueiras
Eduardo Patacho
João Miguel Vasconcelos
Miguel Lemos Pereira
Pedro Moreira dos Santos
Nuno Mariano Pego
Carlos José Batalhão
Nelson Lima
Bernardo Cifuentes
Miguel Peixoto
Nuno Trêpa Leite
Paulo Malho Guedes
Fausto Amaral
* Qualquer um dos co-autores figura em nome próprio, isto é, como independente e não como militante.
Carlos Macedo e Cunha
José Campos e Matos
Carlos Ribeiro
Pedro Salvador
Pedro Reis de Almeida
Luís Mesquita Brito
Francisco Sanches Osório
Carla Manuel Gomes
Nuno Ribeiro
Tiago Oliveira e Silva
Miguel Martins dos Santos
Nelson Pimenta
Antero Filgueiras
Eduardo Patacho
João Miguel Vasconcelos
Miguel Lemos Pereira
Pedro Moreira dos Santos
Nuno Mariano Pego
Carlos José Batalhão
Nelson Lima
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Miguel Peixoto
Nuno Trêpa Leite
Paulo Malho Guedes
Fausto Amaral
* Qualquer um dos co-autores figura em nome próprio, isto é, como independente e não como militante.
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