quarta-feira, 24 de julho de 2013

Portugal Além-Mar e os Políticos dos últimos 40 anos

Nos últimos tempos visitei o Convento de Mafra e o Palácio Nacional de Ajuda, dois exemplos do grande esplendor que o império português de além-mar atingiu.

(imagem do Galeão português "Botafogo" na conquista de Tunes)
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=547580678638305&set=a.456291014433939.108929.456280941101613

Enquanto visitava Convento de Mafra, fiquei impressionado pela escala, pela dimensão, pela grandeza, pela opulência, pela riqueza, pelo detalhe, tudo proveniente do império que os portugueses souberam construir no além-mar.
No Palácio Nacional da Ajuda ao ver a exposição de Joana Vasconcelos, fiquei com pele galinha ao ver as pinturas e gravuras existentes no Palácio, que lembram os tempos de grande bravura dos portugueses no além-mar.
Lembrei-me das Naus, das Caravelas, da Armada Invencível (essa história está mal contada), do armamento português, das Feitorias, dos feitos, das descobertas...
Lembrei-me que até à década de 80, e mais concretamente até à entrada na CEE em 85, as nossas frotas pesqueira e mercante, eram das maiores da Europa e do Mundo.


E depois lembrei-me de Cavaco e dos políticos que nos têm governado nos últimos 40 anos, e lembrei-me das auto-estradas e do fim das frotas marítimas e da morte das linhas de comboio, e... com isso, todo o gosto que estava a ter a visitar a exposição, foi interrompido por enjoo enorme ao pensar nesses políticos.
Claro está que não sou homem para ficar enjoado muito tempo, e por isso segui em frente, e hoje cá estou eu para contar tudo isso, com um sorriso na cara... mas com vontade redobrada de perder uns minutos a escrever isto e procurar umas imagens bonitas para acompanhar, quanto mais não seja para partilhar isto.

domingo, 7 de julho de 2013

quarta-feira, 26 de junho de 2013

ADERE, Vota e Intervém - Next Left e os movimentos sociais.

Deixo aqui o link da intervenção do João Nogueira Santos na Conferência "Next Left e os movimentos sociais: Por um novo contrato social!".

Em 9 minutos explica que não faz qualquer sentido os cidadãos porem-se de fora dos principais debates e escolhas dos partidos, que quem mais perde são os próprios cidadãos e a democracia, que os partidos tem de mudar para se tornarem mais "usáveis" pelos cidadãos (e não algo em que só profissionais da política sabem operar) e por ultimo, ficou uma proposta: prever no código de trabalho 1 a 2 dias de licença por ano, para participação em reuniões e conferencias políticas, sejam de partidos ou outras organizações. 

Partilhem e desafiem os vossos amigos a verem. Este é um debate que interessa a todos.


quarta-feira, 19 de junho de 2013

INSPIRAÇÃO



Um homem inspiracional para todos nós...





George Papandreou: Imagine a European democracy without borders


TED TALKS

Greece has been the poster child for European economic crisis, but former Prime Minister George Papandreou wonders if it's just a preview of what's to come. 
“Our democracies," he says, "are trapped by systems that are too big to fail, or more accurately, too big to control” -- while "politicians like me have lost the trust of their peoples." How to solve it? Have citizens re-engage more directly in a new democratic bargain.
George Papandreou draws on lessons learned from the Greek debt crisis as he helps guide the EU through difficult waters.
George Papandreou, a third-generation scion of Greece’s defining political dynasty, entered the global spotlight with his attempts to re-invent his country during the darkest hours of the European debt crisis. Upon becoming Prime Minister in 2009, his government inherited a deficit that was much larger than had been reported. As PM, he implemented major changes and reforms, but was overtaken by events beyond his government's control.
Papandreou resigned his Prime Minister post in November 2011 as part of a deal to pave the way for a coalition government to restore Grecian stability, but remains a powerful figure as an MP and as President of the Socialist International.
As he says: “We do have a choice. Either we empower Europe and its citizens and become a catalyst for humanizing our global economy, or globalization will dehumanize our societies and undermine the European project. As a citizen of Europe, I vote for the first choice."


segunda-feira, 17 de junho de 2013

A Teresinha foi coadoptada


A Teresinha tinha 6 anos quando a mãe, vítima de cancro da mama, faleceu. Desde o ano de idade que vivia com a mãe, perto dos avós e dos tios maternos. Foram estes a passar mais tempo com ela, durante a doença da mãe. Acima de tudo os primos... de quem tanto gostava, e com quem brincava longas horas…
Durante estes 5 anos teve sempre um relacionamento saudável com o pai. O facto de o pai viver com um companheiro, o Jorge, nunca foi motivo de comentário. Contudo, desde os tempos do divórcio, o pai e os avós maternos ficaram de relações cortadas.
Após o óbito da mãe, a Teresinha foi viver com o pai, e com o Jorge.
Os avós maternos receberam então uma notificação para comparecer em Tribunal onde lhes foi comunicado que a sua "neta" tinha sido coadoptada pelo companheiro do pai, pelo que deixava de ser sua neta.
Foi-lhes explicado que por efeito da coadopção os vínculos de filiação biológica cessam. É o regime legal aplicável (art. 1.986.º do C.C. – "Pela adopção plena, extinguem-se as relações familiares entre o adoptado e os seus ascendentes e colaterais naturais").
Nada podiam fazer. Choraram amargamente a perca desta neta (depois da filha) que definitivamente deixariam de ver e acompanhar.
A Teresinha que tinha perdido a mãe, perdia também os avós, os tios e os primos de quem tanto gostava. Nunca mais pôde brincar com aqueles primos ou fazer viagens com o tio Zé e a tia Sandra que eram tão divertidos. A Teresinha tinha muitas saudades daquelas pessoas que nunca mais vira.
Não percebia porque desapareceu do seu nome o apelido "Passos" (art. 1.988.º n.º1 – "O adoptado perde os seus apelidos de origem").
Um dia perguntou ao pai porque mudara de nome. Foi-lhe dito que agora tinha outra família. Não percebeu e, calou… Na escola, via que os outros meninos tinham uma mãe e um pai, mas ela não.
Quando chegou aos 16 anos de idade foi ao ginecologista, sozinha. Ficou muito embaraçada com as perguntas que lhe foram feitas sobre os seus antecedentes hereditários maternos. Nada sabia. Percebeu que o médico não a podia ajudar na prevenção de varias doenças... Estava confusa. Nada sabia da mãe. Teria morrido? Teria abandonado a filha?
Até que um dia descobriu em casa, na gaveta de uma cómoda, um conjunto de papéis em cuja primeira pagina tinha escrito SENTENÇA. E leu... que "o superior interesse da criança impunha a adopção da menor pelo companheiro do pai, cessando de imediato os vínculos familiares biológicos maternos, nos termos do disposto no art. 1.986.º do C.C., tal como o apelido materno (Passos) (art. 1.988.º n.º1 do C.C.) que era agora substituído por... Tudo por remissão dos arts. X.º a Y.º da Lei Z/2013.
O que mais a impressionara naquele escrito foi o facto de que quem a escrevia parecia estar contrariado com a decisão que estava a tomar. E, a dado passo escrevia "Na verdade, quando da discussão da lei Z/2013 na Assembleia da Republica o Conselho Superior da Magistratura e a Ordem dos Advogados emitiram parecer desfavorável à solução legislativa que agora se aplica. Porém, "Dura lex sede lex". A Teresinha não percebeu...
Durante anos procurou a Família materna, em vão... Mas rapidamente consultou os Diários da Assembleia da Republica onde constavam os nomes dos deputados que tinham aprovado aquela lei que lhe tinha roubado os mimos da avó Rosa, as brincadeiras do avô Joaquim... e os primos.
A Teresinha queria voltar ao tempo destes, que são sangue do seu sangue, mas não pode porque esses anos foram-lhe usurpados. Vive numa busca incessante pela sua identidade. Se as outras raparigas da sua idade sabem das doenças que a mãe e o pai tiveram, porque é que ela não pode saber? Porque lhe negam esse direito?
Leu então num livro que "a adopção é uma generosa forma de ajudar crianças a quem faltam os pais e a família natural para lhes dar um projecto de vida. A adopção é sempre subsidiária".
E perguntou – Onde está a minha família que nunca me faltou mas, de mim foi afastada por estatuição legal e decisão judicial? A Teresa está muito triste.
O pai e o Jorge entretanto divorciaram-se… e a Teresa é obrigada a ir passar os fins-de-semana a casa do Jorge… porque a Regulação das Responsabilidades Parentais assim o ditou.

Teresinha, nós estamos aqui!

Isilda Pegado
Presidente da Federação Portuguesa pela Vida

quinta-feira, 13 de junho de 2013

"...envolver-se na política é uma obrigação para um cristão..." Papa Francisco

As palavras deste grande Homem sobre a política, servem de mote ao movimento ADERE.
"...envolver-se na política é uma obrigação para um cristão..." Papa Francisco

«A política é demasiado suja. Mas eu pergunto-me: "é suja porquê?". É suja porque os cristãos não se meteram nela com espírito evangélico?... É uma pergunta que te deixo. É fácil dizer que a culpa é daquele... Mas eu, o que faço?... É um dever! Trabalhar para o bem comum é um dever de um cristão.»